As Nações Unidas anunciaram esta quinta-feira que estão a trabalhar com a Bolívia, país que pediu assistência internacional para combater os incêndios na Amazónia, que também afetam a região boliviana da floresta tropical.
"Continuamos a trabalhar com o Governo da Bolívia, que entrou em contacto com as Nações Unidas para tentar obter apoio nos seus esforços para combater os incêndios", disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral Nações Unidas, António Guterres.
Stéphane Dujarric explicou que no início desta semana o ministro dos Negócios Estrangeiros da Bolívia, Diego Pary, e a responsável pela pasta do Planeamento, Mariana Prado, reuniram-se com representantes da comunidade internacional, pedindo "ajuda imediata".
Como resultado, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação "ofereceram apoio financeiro", embora o porta-voz não tenha detalhado os valores em causa. "Estamos a procurar outras maneiras para podermos ajudar o Governo", acrescentou Dujarric.
Enquanto isso, o primeiro avião financiado para ajudar a combater incêndios na Amazónia, financiado pelo G7 (grupo de países mais industrializados do mundo), descolou hoje do Chile para o Paraguai, disse a Presidência francesa.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).
No último mês, ocorreram incêndios simultâneos em vários países da América do Sul. Na Bolívia, mais de 700.000 hectares de florestas e pastagens arderam, na área da Chiquitania.
No caso do Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que contabiliza incêndios por imagens de satélite, informou que os focos de incêndio em todo o país até agora superam em 83% os registados no mesmo período de 2018.
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