Internacional

Os líderes europeus, incluindo Boris, estão assustados com a guerra comercial de Trump - temem que arruíne a economia mundial

Emmanuel Macron e Boris Johnson na cimeira do G7 em Biarritz
Emmanuel Macron e Boris Johnson na cimeira do G7 em Biarritz
Michael Kappeler/picture alliance/Getty Images

"Estou muito preocupado [...]. Não é uma maneira de fazer", disse Boris Johnson a propósito do conflito comercial entre os EUA e a China (e não só). Trump e Macron tiveram um almoço improvisado antes do encontro do G7

Os líderes europeus reforçaram junto de Donald Trump, desde a sua chegada este sábado a Biarritz para participar no G7 (cimeira das grandes potências industriais), que as guerras comerciais podem arruinar a economia mundial.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anfitrião da cimeira que arrancou este sábado à noite em Biarritz (sudoeste de França), alertou, numa breve alocução televisiva, que "as tensões comerciais são más para todos".

Mais inesperadamente, o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também provocou o Presidente norte-americano, com quem, no entanto, ambiciona concluir um acordo comercial após a conclusão da saída do Reino Unido da União Europeia ('Brexit'). "Estou muito preocupado [...]. Não é uma maneira de fazer", declarou, aludindo à guerra entre Washington e Pequim.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, também se pronunciou. "As guerras comerciais conduzirão à recessão, enquanto os acordos comerciais impulsionam a economia."

O Presidente norte-americano conversou este sábado com Macron, num almoço que durou cerca de duas horas, sobre "elementos de convergência" relativos ao comércio, ao Irão e aos fogos na Amazónia, indicou a presidência francesa.

Num almoço "improvisado", o Presidente francês "criou as condições para um bom nível de convergência dentro do grupo (G7), obtendo esclarecimentos de Donald Trump" sobre os principais temas do G7, o que inclui "acordos e desacordos", precisou o Eliseu antes da abertura oficial da cimeira.

Vários milhares de manifestantes "anti" - "anticapitalistas e antiglobalização" - desfilaram pacificamente este sábado de manhã em Hendaye, cidade fronteiriça espanhola de Irun.

Centenas de pessoas também desfilaram pelas ruas de Bayonne, tendo o dispositivo policial montado recorrido, por breves momentos, a canhões de água e gás lacrimogéneo.

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