Internacional

Colegas de atirador de Dayton criticam polícia. “Havia uma lista de alvos a abater e de raparigas a ser violadas, e o meu nome estava lá”

Colegas de atirador de Dayton criticam polícia. “Havia uma lista de alvos a abater e de raparigas a ser violadas, e o meu nome estava lá”
Matthew Hatcher/Getty Images

Connor Betts, suspeito de ter assassinado nove pessoas num tiroteio na cidade de Dayton, no domingo, tinha escrito nas paredes de uma das casas de banho da escola secundária que frequentava o nome de vários estudantes que queria “matar ou violar”. Foi suspenso mas acabaria por voltar à escola, tendo a polícia ignorado, na opinião de antigos estudantes, a ameaça que ele representava

Colegas de atirador de Dayton criticam polícia. “Havia uma lista de alvos a abater e de raparigas a ser violadas, e o meu nome estava lá”

Helena Bento

Jornalista

Até podia ser impossível antecipar o ataque, mas a polícia não fez tudo o que estava ao seu alcance para, pelo menos, tentar evitá-lo. Eis as críticas de antigos colegas de turma de Connor Betts, o suspeito de ter assassinado nove pessoas num tiroteio na cidade de Dayton, no domingo.

“Havia uma lista de alvos a abater e de raparigas a ser violadas, e o meu nome constava dessa lista”, afirmou uma das antigas colegas de turma de Connor Betts à agência Associated Press, referindo-se desse modo à lista que o suspeito elaborou na parede de uma das casas de banho da escola que frequentavam, a Bellbrook High School. Connor Betts foi suspenso por causa disso, mas acabaria por voltar à escola.

Segundo outra colega de turma, a polícia terá informado que o jovem “seria afastado da escola durante algum tempo”, mas não avisou sobre o seu regresso. Cerca de um terço dos estudantes da escola secundária mudaram de escola depois da descoberta da lista de Connor Betts, segundo vários meios de comunicação norte-americanos.

Os vários antigos colegas de turma ouvidos pela Comunicação Social argumentam que a polícia deveria ter-se apercebido dos riscos mais cedo, até para que Connor Betts fosse impedido de adquirir a arma de fogo que viria a usar no tiroteio de domingo.

O ataque ocorreu numa zona de entretenimento muito popular da cidade, com bares, restaurantes e teatros, em East 5th Street. Entre as vítimas mortais, encontram-se a irmã do atirador, Megan, de 22 (é a mais nova das vítimas). Outras 27 pessoas ficaram feridas, 15 das quais já tiveram alta. O jovem acabaria por ser abatido pela polícia.

O tiroteio ocorreu horas depois de um outro num centro comercial em El Paso, no Texas, que fez 20 mortos e deixou outras 26 pessoas feridas.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hrbento@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate