Até podia ser impossível antecipar o ataque, mas a polícia não fez tudo o que estava ao seu alcance para, pelo menos, tentar evitá-lo. Eis as críticas de antigos colegas de turma de Connor Betts, o suspeito de ter assassinado nove pessoas num tiroteio na cidade de Dayton, no domingo.
“Havia uma lista de alvos a abater e de raparigas a ser violadas, e o meu nome constava dessa lista”, afirmou uma das antigas colegas de turma de Connor Betts à agência Associated Press, referindo-se desse modo à lista que o suspeito elaborou na parede de uma das casas de banho da escola que frequentavam, a Bellbrook High School. Connor Betts foi suspenso por causa disso, mas acabaria por voltar à escola.
Segundo outra colega de turma, a polícia terá informado que o jovem “seria afastado da escola durante algum tempo”, mas não avisou sobre o seu regresso. Cerca de um terço dos estudantes da escola secundária mudaram de escola depois da descoberta da lista de Connor Betts, segundo vários meios de comunicação norte-americanos.
Os vários antigos colegas de turma ouvidos pela Comunicação Social argumentam que a polícia deveria ter-se apercebido dos riscos mais cedo, até para que Connor Betts fosse impedido de adquirir a arma de fogo que viria a usar no tiroteio de domingo.
O ataque ocorreu numa zona de entretenimento muito popular da cidade, com bares, restaurantes e teatros, em East 5th Street. Entre as vítimas mortais, encontram-se a irmã do atirador, Megan, de 22 (é a mais nova das vítimas). Outras 27 pessoas ficaram feridas, 15 das quais já tiveram alta. O jovem acabaria por ser abatido pela polícia.
O tiroteio ocorreu horas depois de um outro num centro comercial em El Paso, no Texas, que fez 20 mortos e deixou outras 26 pessoas feridas.
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