Depois do massacre de sábado, "um crime de ódio" num supermercado do Texas, onde foram mortas 26 pessoas, mais uma dezena foi este domingo vítima de outro tiroteio, ocorrido em Dayton, uma cidade do Ohio
A contagem do número de mortos já vai numa dezena e sabe-se que 16 feridos já estão contabilizados.
O tiroteio ocorreu na área da East 5th Street, no distrito de Oregon, a oeste do centro de Dayton, para onde se dirigiram vários polícias e ambulâncias.
O novo massacre ocorreu horas depois de um outro, num supermercado em El Paso, Texas, que provocou a morte de pelo menos 20 pessoas e ferimentos em mais 26.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o tiroteio de sábado em El Paso, sublinhando que "não só foi trágico", como também "um ato de cobardia".
O tiroteio no supermercado Walmart, no sul de El Paso, cidade fronteiriça com o México, deixou no sábado pelo menos 20 mortos e 26 feridos, segundo o governador Greg Abbott, que lamentou um dos "dias mais mortíferos da história do Texas".
Abbott revelou também que se trata de "um crime de ódio". "Temos um manifesto do indivíduo que indica, até certo ponto, uma possível ligação com um crime de ódio", disse.
Patrick Crusius, um caucasiano de 21 anos já detido pela polícia, foi já identificado como o autor do tiroteio de sábado num supermercado Walmart no sul de El Paso, uma cidade fronteiriça com o México, com cerca de 700 mil habitantes. Segundo as primeiras investigações, o autor dos disparos, natural de Allen, perto de Dallas, no Texas, terá atuado sozinho e a arma que utilizou foi apreendida.
Em quatro páginas publicadas online minutos antes de entrar no supermercado Walmart no sul de El Paso o jovem, Patrick Crusius, adiantava o que ia fazer: matar o maior número de pessoas que encontrasse. Patrick terá atuado ainda contra o que chama "a invasão do Texas pelos hispânicos." Escreveu um longo texto com seis capítulos sobre ele próprio, as suas "razões políticas e económicas", as "armas e as "reações dos imigrantes". O jovem culpa os americanos e imigrantes de primeira geração por tirar empregos e misturar culturas nos EUA.
O documento que a polícia acredita que o suspeito escreveu foi publicado no "8chan", uma plataforma de mensagens online recheada de conteúdo racista. O documento terá sido posto online menos de 20 minutos antes de a polícia receber as primeiras chamadas sobre o tiroteio.
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