O chefe da diplomacia russa consolidou esta quarta-feira em Havana as relações bilaterais e prometeu reforçar a aliança da Rússia e de Cuba com a Venezuela.
"Continuaremos a apoiar o povo cubano", reiterou Serguei Lavrov, que se encontra em Cuba para reforçar o diálogo político, abordar vários aspetos da cooperação bilateral e avaliar o progresso dos acordos assinados em novembro do ano passado entre os presidentes russo e cubano, Vladimir e Miguel Díaz-Canel, respetivamente.
Relativamente à Venezuela, Lavrov reiterou a posição russa de se encontrar uma solução para a crise política que se vive naquele país, para o que preconizou "métodos pacíficos, como o uso da diplomacia (...) sem interferência de terceiros países nem o uso da força".
Neste sentido, considerou que os contactos em curso entre o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o presidente do parlamento e Presidente interino, o opositor Juan Guaidó "devem gerar diálogo, sem a imposição de condições", para que "o povo venezuelano possa escolher o seu próprio futuro".
O governante russo confirmou a próxima visita a Cuba do primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, que pretende viajar a Havana por ocasião do 500.º aniversário da fundação da cidade, que se celebra em novembro.
O encontro de hoje em Havana entre os chefes das diplomacias russa e cubana, Serguei Lavrov e Bruno Rodriguez, respetivamente, foi o segundo depois de em maio passado, em Moscovo, os dois governantes terem expressado unidade face às "medidas coercivas unilaterais" impostas pelos Estados Unidos contra os dois países, em especial o endurecimento do embargo dos EUA contra Cuba.
Depois da sua visita a Havana, o chefe da diplomacia russa viaja quinta-feira para o Brasil onde irá participar, no dia seguinte, na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo dos BRICS, formada pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
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