Após ouvir a declaração da candidata indigitada pelo Conselho Europeu na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), o vice-presidente daquele grupo, que integra partidos de extrema-direita, nomeadamente a Liga de Matteo Salvini e a União Nacional de Marine Le Pen, comunicou que, "após estudar profundamente" as propostas de Von der Leyen, o Identidade e Democracia chegou à conclusão de que a política alemã "não está à altura das circunstâncias exigidas para desempenhar a função".
"Apresentou aqui um 'ramalhete' de promessas que soam bem, mas que não são mais do que promessas de um político com dupla identidade e que quer satisfazer a todos", acusou Jörg Meuthen, notando as "contradições flagrantes" da sua intervenção.
O eurodeputado do partido político alemão de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) criticou o facto de as propostas da sua compatriota para a presidência do executivo comunitário se centrarem "na centralização, na arrogância e em mais impostos", carecendo de uma visão "moderna".
Criticou ainda o seu desempenho enquanto ministra dos Governos de Angela Merkel. "Em nenhum [dos três ministérios que tutelou] serviu satisfatoriamente o povo alemão", argumentou, culpando a ainda ministra alemã da Defesa de ter "arrasado o exército alemão".
O ID ainda não tinha anunciado o seu sentido de voto na votação que decorrerá hoje, às 18h em Estrasburgo (menos uma hora em Lisboa), mas a 'perda' de 73 votos, o número de eurodeputados daquele grupo, não pareceu preocupar Ursula Von der Leyen.
"Ainda bem que disse que vai votar contra mim, senhor Meuthen, porque aquilo que o senhor defende vai totalmente contra tudo aquilo em que eu acredito", salientou.
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