7 julho 2019 19:23

Kyriakos Mitsotakis, favorito para vir a ser o novo primeiro-ministro, antes de começar a discursar num comício
O partido da esquerda radical Syriza vai mesmo dar lugar ao opositor de direita Nova Democracia. E com força. Kyriakos Mitsotakis conseguiu maioria absoluta
7 julho 2019 19:23
O partido de direita Nova Democracia, de Kyriakos Mitsotakis, chegou mesmo ao poder, segundo os números oficiais que estão a ser revelados este domingo, 7 de julho, depois do fecho das urnas na Grécia.
Quando estão já contados 90% dos votos, já há uma certeza, segundo as primeiras projeções do Ministério do Interior Grego: aquele que era até aqui o maior partido da oposição conseguiu maioria absoluta. São-lhe atribuídos, nesta altura, 158 assentos parlamentares. É uma maioria absoluta, já que são 300 os membros que compõem o parlamento helénico.
Desde as eleições de 2009, em que venceu o socialista Pasok de Giorgos Papandreou, que não havia uma maioria absoluta na Grécia. Aí, eram 160 os deputados, de acordo com o histórico que consta no site do Parlamento helénico.
Agora, o Syriza foi a escolha de mais de 31% dos eleitores votantes, o que rende 86 deputados, segundo a projeção atualizada à medida em que é feita a contagem dos votos. Alexis Tsipras deixa de ser o primeiro-ministro e já se sabe que vai amanhã encontrar-se com Mitsotakis para o parabenizar, como relata a Reuters.
O Movimento para a Mudança, KINAL, em que estão antigos nomes do socialista Pasok, consegue, com os dados que lhe dão 8% dos votos, eleger 22 deputados. Os comunistas do KKE atingiram já 15 nomes graças aos 5% da votação.
Com 10 deputados eleitos está a Solução Grega, partido ultranacionalista, devido aos 3,8% dos votos conquistados. Yannis Varoufakis, antigo ministro das Finanças grego e o seu MERA25, tem nove deputados eleitos, com os 3,4% obtidos.
A neonazi Aurora Dourada surge, nas projeções do Ministério do Interior grego, com 2,98% dos votos, distante dos 7% obtidos nas eleições de 2015. Ficando assim, estará fora do Parlamento grego, já que é necessário superar a fasquia dos 3% para eleger deputados.
(Notícia em atualização à medida que avança a contagem dos votos)