Internacional

Trump disponível para ir à zona desmilitarizada “para dizer olá” a Kim Jong-un

Kim Jong-un e Donald Trump não chegaram a sentar-se à mesa do almoço na quinta-feira, tendo o americano abandonado a cimeira realizada no Vietname
Kim Jong-un e Donald Trump não chegaram a sentar-se à mesa do almoço na quinta-feira, tendo o americano abandonado a cimeira realizada no Vietname
FOTO Leah Millis/REUTERS

Os dois líderes não se encontram desde a fracassada cimeira de Hanói

Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, está em Osaka, no Japão, para mais uma reunião do G20 e disse no Twitter que não via qualquer problema em viajar até à Coreia do Norte para se encontrar com o líder norte-coreano na fronteira com a Coreia do Sul. “Depois de uma série de encontros muito importantes, incluindo com o Presidente Xi da China, vou partir do Japão para a Coreia do Sul para um encontro com o Presidente Moon. Enquanto lá estiver, se o Líder Kim da Coreia do Norte desejar, posso encontrar-me com ele na fronteira/zona desmilitarizada para um aperto de mão e para dizer olá”, escreveu Trump.

Do outro lado, o apelo foi visto com um sinal positivo. “Vemos isto como uma sugestão muito interessante mas não recebemos uma proposta oficial”, disse à agência norte-coreana de notícias Choe Son-hui, vice-ministra da pasta dos Negócios Estrangeiros. “Na minha opinião, se a conferência entre a República Popular da Coreia do Norte e os Estados Unidos acontecer na linha de divisão, como é a intenção do Presidente Trump, serviria para demonstrar que as ligações entre os dois líderes permanecem fortes e que há espaço para avançar no capítulo das relações bilaterais”, disse ainda.

Laura Bicker, correspondente da BBC em Seul, refere na sua análise à situação que, como os dois países não mantêm qualquer contacto desde a cimeira falhada em Hanói, é pouco provável que, a acontecer, este encontro provoque mais do que uma “grande oportunidade fotográfica”. Por outro lado, escreve ainda, alguns analistas acreditam que esta forma pouco convencional de fazer política internacional pode ao menos resultar numa reaproximação dos dois países, e abrir de novo as conversações para a desnuclearização.

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