Homicídio da jornalista Lyra McKee faz temer regresso da violência armada entre católicos e protestantes
A polícia chegou como em muitas outras ocasiões ao longo das ultimas décadas. Com jipes guarnecidos com malhas de metal a proteger os para-brisas e apoiados por canhões de água, a rusga a Creggan era motivada, desta vez, pela busca de armas. Obtivera informação sobre ações de grupos dissidentes republicanos planeadas para os dias seguintes. Apreender armamento e prevenir ataques na cidade era urgente.
Como é habitual neste bairro historicamente católico e nacionalista — favorável à unificação da Irlanda do Norte, parte do Reino Unido, com a República da Irlanda —, situado na franja mais a oeste da cidade de Derry e a poucas centenas de metros da fronteira, a receção à polícia, mal chega, faz-se com insultos, arremesso de pedras, o ocasional cocktail molotov e barricadas em chamas. De repente, entre os vultos de cara coberta que travam o avanço policial, alguém puxa de uma arma. Ouvem-se quatro disparos e Lyra McKee, jornalista de 29 anos que observava os acontecimentos junto à linha policial, é atingida. Minutos depois, a caminho do hospital, é dada como morta.
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