Julian Assange condenado a quase um ano de prisão em Londres
Fundador da WikiLeaks foi condenado esta quarta-feira por ter violado o regime de liberdade condicional há sete anos, quando pediu asilo à embaixada do Equador em Londres
Fundador da WikiLeaks foi condenado esta quarta-feira por ter violado o regime de liberdade condicional há sete anos, quando pediu asilo à embaixada do Equador em Londres
Jornalista
O homem que ficou conhecido pela revelação de inúmeros segredos de Estado norte-americanos foi condenado esta quarta-feira, no Reino Unido, a 50 semanas de prisão por ter quebrado o regime de liberdade condicional há sete anos.
Isto porque, quando em 2012 a justiça britânica decidiu extraditar Julian Assange para a Suécia (onde iria responder por abuso sexual), este procurou asilo político na embaixada do Equador em Londres.
O tribunal de Southwark, no Reino Unido, rejeitou assim os argumentos apresentados pela defesa do fundador da WikiLeaks (que alegou que Assange tomou a decisão por ter medo de uma possível extradição da Suécia para os Estados Unidos) e a carta que este escreveu, onde se mostrava arrependido.
Nessa carta, Assange justificou os seus atos com o facto de na altura estar a debater-se "com circunstâncias aterradoras" para as quais nem ele nem aqueles com os quais se aconselhou encontraram "alguma solução".
Mas a juíza Deborah Taylor considerou que o ativista se aproveitou "da sua posição privilegiada para violar a lei e anunciou internacionalmente o seu desrespeito pela lei" do Reino Unido.
Assange seguirá agora para a prisão de Belmarsh, em Londres, onde cumprirá a pena por violação da liberdade condicional. Esta era a única acusação do ativista em solo britânico.
Recorde-se que o fundador da WikiLeaks foi retirado da embaixada equatoriana em Londres no último mês pela polícia, autorizada pelo Equador.
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