Internacional

Assange acusado de conspirar com Chelsea Manning arrisca 5 anos de prisão

Assange acusado de conspirar com Chelsea Manning arrisca 5 anos de prisão
PETER NICHOLLS

Segundo os termos da acusação, revelada esta quinta-feira, o fundador do Wikileaks é acusado de pirataria informática e conspiração. Assange e o ex-analista dos serviços de informação do Exército agiram em conluio, considera o Departamento de Justiça norte-americano

Assange acusado de conspirar com Chelsea Manning arrisca 5 anos de prisão

Mafalda Ganhão

Jornalista

O Departamento de Justiça norte-americano acusa Julian Assange de ter participado numa conspiração com Chelsea Manning para ‘hackear’ computadores do Departamento de Defesa, com o objetivo de obter acesso a informações secretas. Pirataria informática e conspiração, portanto.

Assange incorre numa pena máxima de cinco anos de prisão.

O teor da acusação contra o fundador do WikiLeaks foi revelado esta quinta-feira, dizendo o documento que Assange e o ex-analista dos serviços de informação do Exército agiram em conluio para violar uma senha do departamento de defesa.

Isso foi o que permitiu a Manning aceder a uma rede de computadores secretos do governo, usando outro nome de utilizador, para evitar ser detetado quando fossem tornados públicos - através do Wikileaks - todos os documentos militares e diplomáticos consultados e confidenciais.

Assange é acusado de encorajar ativamente” Manning a fornecer mais informações: “Na minha experiência, olhos curiosos nunca secam”, terá afirmado.

De acordo com o comunicado do Departamento de Justiça, o australiano foi preso ao abrigo do acordo de extradição entre o Reino Unido e os Estados Unidos, “devido ao seu envolvimento numa acusação federal de conspiração para se infiltrar em computadores, ao concordar em descodificar uma senha de um computador do Governo com informações confidenciais”.

Manning deu acesso ao WikiLeaks em 2010 a mais de 700.000 documentos classificados como secretos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão e outros assuntos do Departamento de Estado, o que foi um revés para a diplomacia dos Estados Unidos e alimentou um debate sobre o papel de Washington no mundo.

A acusação implica que Washington considera que Assange não era um mero destinatário desses documentos, mas colaborou ativamente para lhes ter acesso.

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