O Departamento do Estado norte-americano anunciou este domingo a suspensão da ajuda financeira à Guatemala, às Honduras e a El Salvador. A administração de Donald Trump pretende com esta medida travar a crescente chegada de imigrantes ilegais vindos destes três países, acusando os respetivos governos de nada fazerem para combater este problema.
Na sexta-feira, o Presidente norte-americano já tinha declarado que os EUA gastam elevadas quantias de dinheiro com estas três nações e “não recebem nada em troca”, pelo que os seus governos teriam que impedir as viagens de várias caravanas de migrantes, voltando a ameaçar fechar a fronteira dos Estados Unidos com o México.
Ontem, Trump insistiu novamente que o próximo passo da sua administração seria fechar a fronteira ou grande parte dela na próxima semana, se nada mudasse, uma medida que ajudaria também a travar o tráfico de droga a partir do México. E acusou, mais uma vez, os democratas de ignorarem o problema na fronteira.
“Os democratas não se preocupam com a criminalidade, eles não querem nenhuma vitória para mim [Trump] e para os republicanos, mesmo que isso seja positivo para os Estados Unidos”, escreveu o líder norte-americano no Twitter.
A oposição e vários críticos já vieram arrasar esta medida, sustentando que a suspensão da ajuda financeira à Guatemala, às Honduras e a El Salvador em vez de ajudar a travar o fluxo migratório oriundo desses país, poderá agravar esse cenário, semeando o medo.
No passado dia 15 de março, o Presidente dos EUA vetou a decisão do Senado de chumbar a declaração de emergência nacional na fronteira entre os EUA e o México. Desde a campanha eleitoral, a construção do muro na fronteira é uma promessa de Trump, e segundo o conselheiro económico da Casa Branca, o governante vai propor no orçamento do próximo ano o montante de 8,6 mil milhões de dólares (7,7 mil milhões de euros) para concretizar esse plano.
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