Recuperar o great de Great Britain
Numa cidade que depende de um porto que depende do comércio fluido com a UE, a “ignorância honesta” rendeu votos ao ‘Brexit’
Numa cidade que depende de um porto que depende do comércio fluido com a UE, a “ignorância honesta” rendeu votos ao ‘Brexit’
Enviada ao Reino Unido
Com a noite, que desce sobre o vale de repente como a cortina de um teatro, começa a dança ondulante dos camiões que durante a madrugada hão de encher ferry após ferry a caminho de Dublin. Surgem desmedidos, articulados, do meio do nevoeiro que envolve o vale: primeiro, chega a luz branca dos holofotes que trazem por cima da cabina, só depois entendemos a extensão de todo o veículo.
Holyhead, no distrito de Anglesey, extremo noroeste do País de Gales, não tem mais de 13 mil habitantes, mas um prodígio geográfico faz com que o vale por onde a cidade se expandiu esteja a 120 quilómetros de Dublin por via marítima. A capital da República da Irlanda é já ali ao fundo e, de ferry para lá e para cá, passam mais de 370 mil camiões por ano que trazem toneladas de produtos, todos os dias, das Irlandas para a Grã-Bretanha e depois para a União Europeia (UE), e vice-versa.
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