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Portugal vai enviar dois aviões com ajuda de emergência para Moçambique

Portugal vai enviar dois aviões com ajuda de emergência para Moçambique
ZINYANGE AUNTONY/ Getty Images

Ministro dos Negócios Estrangeiros abordou dificuldades de comunicação e sublinhou que os 30 portugueses por localizar não estão dados como desaparecidos

Portugal vai enviar dois aviões com ajuda de emergência para Moçambique

João Pedro Barros

Editor Online

Ainda esta quarta-feira, parte para Moçambique um avião C-130 com 35 militares das Forças Armadas e equipas cinotécnica, médica e de engenharia. Segue-se na quinta-feira outro avião, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que confirmou que a situação no país, após a passagem do ciclone Idai, é “absolutamente catastrófica” e, por isso, as autoridades do país solicitaram o auxílio português.

“O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas já pode ter hoje à tarde uma primeira reunião com as autoridades moçambicanas e ficou clara a necessidade e utilidade da ajuda portuguesa. Ativámos uma força de reação rápida das nossas Forças Armadas, que partirá num C-30 para a Beira”, explicou Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas.

A operação é coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e tem como prioridade a busca e salvamento. Segue também no avião uma equipa médica, devidamente apetrechada, e um oficial de engenharia do Exército, com a missão de avaliar as necessidades em termos de comunicações.

O segundo C-130, que vai partir em direção ao Moçambique na quinta-feira, leva equipamento de emergência médica, meios de apoio da proteção civil e serviços, nomeadamente para ajudar a repor o abastecimento de água. O ministro notou igualmente o apoio que várias organizações não governamentais estão a dar no terreno e as ofertas de diversas instituições de solidariedade e autarquias portuguesas.

"Continuamos sem qualquer registo sobre vítimas portuguesas"

Augusto Santos Silva frisou que as dificuldades de comunicação com as áreas afetadas ainda são muito grandes – a própria comunicação com o consulado na Beira, “muito danificado”, só foi retomada no domingo – e que, por isso, o facto de haver 30 portugueses por localizar não significa que se confirme o pior cenário.

“Isso só quer dizer que ainda não foi possível fazer a comunicação com estes cidadãos. Vamos esperar que sejam contactados nas próximas horas. Continuamos sem qualquer registo sobre vítimas portuguesas”, reiterou. Por outro lado, há a confirmação "de várias dezenas de concidadãos que perderam os seus bens e as casas”.

Augusto Santos Silva afirmou que tudo o que era possível fazer foi feito “à medida que havia condições físicas”. Uma equipa avançada partiu de Maputo “assim que o aeroporto da Beira foi reaberto, na madrugada de domingo”, e bateu os hospitais em busca de cidadãos portugueses que pudessem estar entre as vítimas.

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