Chelsea Manning detida por recusar testemunhar perante um grande júri
A ex-analista militar norte-americana, condenada em 2013 por remeter milhares de documentos secretos dos EUA para a WikiLeaks, considera já ter dito tudo o que sabia sobre o caso
A ex-analista militar norte-americana, condenada em 2013 por remeter milhares de documentos secretos dos EUA para a WikiLeaks, considera já ter dito tudo o que sabia sobre o caso
Jornalista
A ex-analista militar norte-americana Chelsea Manning foi presa esta sexta-feira, por recusar testemunhar - como tinha anunciado previamente - perante um grande júri que investiga o caso WikiLeaks. A ordem de detenção foi dada após uma curta audição, em que Manning confirmou ao juíz não ter a intenção de falar, dizendo aceitar qualquer consequência.
Condenada em 2013 por remeter milhares de documentos secretos dos EUA para a WikiLeaks, a ex-analista, que é transgénero e anteriormente era conhecida como Bradley Manning, explicou que é contra o secretismo que envolve o grande júri, além de considerar que já disse no tribunal militar tudo o que sabia sobre o caso.
Um recurso previamente apresentado, para evitar ter de depor, fora rejeitado já esta semana. A detenção manter-se-á até que Chelsea Manning aceite testemunhar ou até que termine o grande júri, adianta o “The Guardian”.
O juíz recusou ainda a aplicação da detenção domiciliária solicitada pelos advogados de Manning, alegando problemas de saúde, por considerar que não serão postos em causa os necessários cuidados médicos.
Manning fora condenada a 35 anos de prisão por entregar documentos secretos relacionados com as guerras no Iraque e no Afeganistão. O então Presidente Barack Obama comutou a sua sentença, tendo sido libertada em maio de 2017.
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