A Câmara dos Representantes dos EUA votou esta terça-feira contra o estado de emergência anunciado por Donald Trump para construir um muro na fronteira com o México.
A resolução contra a medida do Presidente norte-americano foi aprovada com 245 votos a favor e 182 contra. Aos democratas, juntaram-se no voto vários republicanos. A proposta segue agora para o Senado, onde três republicanos já manifestaram que estão contra o estado de emergência, faltando apenas o voto de um quarto para lograr os esforços de Trump.
O Presidente norte-americano declarou formalmente o estado de emergência nacional no país no dia 15 de fevereiro, num anúncio feito a partir da Casa Branca. Em causa está a situação na fronteira sul do país com o México, que continua a entrada de “imigrantes ilegais”, “criminosos” e “droga”, afirmou Trump nessa ocasião. A medida permitiria a Trump ter acesso a milhares de milhões de dólares em fundos para poder construir finalmente o muro que tem defendido.
O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, terá tentado convencer os senadores republicanos do “risco” na fronteira, mas ao que tudo indica não terá conseguido.
Na terça-feira, um grupo de 58 antigos responsáveis da segurança interna dos EUA, tanto do Partido Democrata como do Partido Republicano, uniram-se para criticar a declaração de emergência nacional. Numa carta enviada ao Congresso, os antigos responsáveis asseguram que os factos no terreno não justificam a decisão. “Não há nenhuma avaliação plausível que indique a existência de uma emergência nacional que permita ao Presidente deslocar fundos destinados a outros fins para construir um muro na fronteira a sul”, lê-se na missiva.
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