“Chamo-me Greta Thunberg e sou ativista climática”, começou por dizer esta tarde, no Comité Económico e Social Europeu, em Bruxelas, a jovem sueca que ficou conhecida por iniciar um protesto, faltando às aulas, para exigir medidas mais duras contra as emissões de carbono. Aos 16 anos, a jovem inspirou um movimento global e esteve na Bélgica para dar força a uma marcha na capital, tendo sido convidada a discursar na assembleia que representa a sociedade civil da União Europeia.
Com o presidente da Comissão Europeia na plateia, Greta Thunberg foi - como nela é habitual - dura. “Começamos a limpar o vosso desastre e não vamos parar até que a tarefa esteja concluída”, afirmou, sem poupar os políticos: “A maioria não quer falar connosco. Tudo bem, também não queremos falar com eles. Queremos que falem com os os cientistas, que os escutem, porque nós apenas repetimos o que eles dizem há décadas”.
Não é a primeira vez que à jovem é dada a palavra num organismo oficial. Em dezembro, na Polónia, ela discursou durante a 24ª conferência da ONU sobre o clima.
Greta tem também espalhado a sua mensagem através das redes sociais. Na terça-feira partilhou no Twitter uma fotografia tirada numa estação de comboios. Por se recusar a andar de avião, por causa das altas emissões poluentes, ela fez de comboio a viagem entre Estocolmo a Bruxelas.
Depois de ouvir a jovem, Jean-Claude Juncker tomou também a palavra, para elogiar os esforços do movimento que ela lançou. “Parece-me muito bem”, disse, e “reconheço-me em muitas das mensagens que gritam nas ruas”.
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