O corpo de Julen Roselló, a criança de dois anos que caiu num poço em Totalán há quase duas semanas, apresenta “um traumatismo cranioencefálico grave” e “politraumatismos compatíveis com a queda”, de acordo com os resultados preliminares da autópsia, citados pelo jornal “El Mundo”. O corpo da criança esteve seis horas no Instituto de Medicinal Legal de Malága e já chegou às instalações fúnebres de El Palo, local do velório.
De acordo com o jornal, que cita investigadores, a criança terá caído de pé no poço - com um diâmetro de 25 cm e 107 metros de profundidade. Durante a queda, terão caído sobre ele pedras e outros sedimentos que terão provocado os golpes na cabeça detetados durante a autópsia.
Quando esta madrugada o corpo de Julen foi encontrado estava coberto de terra. Os investigadores adiantam que de acordo com a posição do corpo, a queda da criança terá sido “rápida e livre” até à cota de 71 metros.
De acordo com a agência EFE, e minutos antes de a notícia ser divulgada, os pais da criança passaram por momentos de tensão e ouviram gritos de “de novo não!, De novo não!”, possivelmente em referência ao outro filho, de 3 anos, irmão mais velho de Julen, que o casal perdeu há alguns anos.
O presidente da Câmara de Málaga decretou já três dias de luto oficial e o funeral de Julen deve realizar-se este domingo.
Julen passou 13 dias num poço com mais de 100 metros de profundidade, enquanto mais de 300 pessoas trabalhavam do lado de fora, perfurando a rocha e a terra que o mantinham preso.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt