Sessenta e cinco centímetros separam a equipa de resgate e o poço, onde se acredita que estará Julen, o menino de dois anos que caiu num poço em Totálan (Málaga), mas continuam as dificuldades técnicas. A necessidade de uma quarta microexplosão no túnel, que está a ser escavado para chegar até à criança, deverá atrasar os trabalhos em pelo menos uma hora e meia, anunciou o comandante Miguel Ángel Albéniz.
Segundo o porta-voz da Guardia Civil, Jorge Martín, já foram escavados 3,15 metros do túnel que permitirá alcançar Julen. Mas as autoridades não avançam com prazo de conclusão.
“É uma fase crítica da operação. A montanha manda no nosso trabalho”, afirmou o responsável, citado pelo “El Mundo”, recusando avançar com prazos e reiterando as fortes dificuldades da operação, que já assinala o 12.º dia.
Entretanto, chegaram a Totálan três helicópteros da Guardia Civil que será utilizado no caso de haver um acidente durante os trabalhos. Entre os oito mineiros envolvidos no resgate reina a “confiança” e o “otimismo”, apesar dos riscos da operação. Um deles Lázaro Alves Gutiérrez é filho de um pai português, que morreu em 1995 na sequência de uma explosão num poço nas Astúrias, durante extração do carvão, revela o “El Español”.
No local, encontram-se mais de 100 operacionais apoiados por várias máquinas, da Corporação de Bombeiros, Proteção Civil, Equipa de Resgate na Montanha de Álora e Granada, Brigada de Salvamento Mineiro das Astúrias, mergulhadores e especialistas de empresas de engenharia nacionais e internacionais.
(Notícia atualizada às 18h56)
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