O Governo do Mali anunciou nesta quarta-feira a detenção de sete suspeitos após um ataque a uma aldeia no centro do país, que causou 37 mortos, e garantiu "operações de grande envergadura", com a França a pedir uma "resposta forte".
"Após o massacre de 1 de janeiro na vila de Koulogon, nos arredores de Bankass [centro], uma missão das Forças Armadas do Mali foi enviada para o local. Já foram detidos sete suspeitos", refere o ministério da Segurança e Proteção Civil do Mali em comunicado.
No dia de hoje, a mesma missão visitou a aldeia de Bobosso, perto da fronteira com Burkina Faso, onde "indivíduos armados queimaram barracas", disse a mesma fonte, tendo uma pessoa sido morta e 24 detidas durante esta operação.
O primeiro-ministro do país, Soumeylou Boubeye Maïga, que fez da segurança uma das suas prioridades, expressou a sua consternação na rede social Twitter. "Vamos encontrar os autores destes atos ignóbeis", garantiu.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da França referiu, em comunicado, que está preocupado com o "aumento das mortes e da violência grave contra civis" na região central do Mali nos últimos meses. "Pretendemos uma forte reação das autoridades do Mali para que estes crimes sejam investigados, de modo a que os responsáveis sejam detidos e punidos", acrescenta o documento.
Trinta e sete pessoas foram mortas na terça-feira num ataque a uma aldeia da etnia fula no centro do Mali, levado a cabo, segundo fontes oficiais, por caçadores tradicionais, conhecidos como "dozos". "Além dos 37 mortos registados, todos civis, o relatório dá conta de vários feridos e de muitas casas queimadas", frisou o Governo em comunicado.
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