Internacional

Os quatro cantos do mundo unidos na exaltação a McCain

Os quatro cantos do mundo unidos na exaltação a McCain
SHAWN THEW

União Europeia, Alemanha, Israel, Espanha, Geórgia, Paquistão, Taiwan e até o Vietname já reagiram à morte do senador republicano que, aos 81 anos, não resistiu à luta contra o cancro

As expressões de pesar pela morte do senador norte-americano John McCain, este sábado, aos 81 anos, vítima de um cancro no cérebro, chegam de todos os quatro cantos do mundo. As condolências, o reconhecimento e a exaltação da personalidade do antigo senador republicano - mas grande opositor de Donald Trump - já foram manifestadas por parte da União Europeia, mas também por países como Alemanha, Israel, Espanha, mas também do Vietname, Paquistão ou Taiwan.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, descreve John McCain como um “defensor de uma relação forte” entre os Estados Unidos e a Europa. "Foi um estadista respeitado que dedicou a sua vida ao serviço público com integridade, princípios e um grande sentido de dever", afirmou a responsável num comunicado.

A responsável europeia afirmou ainda que foi "um privilégio" trabalhar com McCain ao longo dos anos e enviou condolências, em nome da UE, à família do senador e ao povo norte-americano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, declarou que a voz do candidato à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2008, vencidas por Barack Obama, será lembrada. "Ele defendeu uma América que é um parceiro confiável e próximo. Uma América que (..) defende os seus valores e princípios, mesmo em momentos difíceis -- e que nisso baseia a sua reivindicação de liderança", disse num comunicado divulgado em Berlim.

Também para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, McCain foi um "grande patriota norte-americano e um grande apoiante de Israel". O senador visitou o Estado hebreu com frequência e o seu "apoio a Israel nunca vacilou. Decorria da sua crença na democracia e na liberdade", considerou Netanyahu.

Já o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, lamentou a morte do político republicano, que "acreditou firmemente no seu país e na democracia".

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse que lembrará John McCain, natural do Arizona, como um “lutador”, considerando que a sua morte marca uma "grande perda de um importante amigo de Taiwan" nos Estados Unidos.

O Paquistão disse que a ausência de McCain será "muito sentida". Num comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Shah Mahmood Qureshi, indicou que o senador norte-americano "sempre defendeu relações fortes" entre os dois países e "uma abordagem de cooperação para promover a paz e construir a estabilidade na região".

Vários dirigentes da Geórgia expressaram igualmente pesar pela morte do político, condecorado pelo país em 2010 com a ordem de Herói Nacional, a mais alta do país, pelo seu apoio. "Esteve sempre ao lado da Geórgia nos momentos mais difíceis. O povo georgiano nunca o esquecerá", declarou o presidente Giorgi Margvelashvili num comunicado.

O antigo embaixador vietnamita em Washington Nguyen Quoc Cuong, assinalou hoje o papel importante desempenhado por McCain, na normalização das relações entre os Estados Unidos e o Vietname.

John McCain passou mais de cinco anos como prisioneiro de guerra no país comunista e foi torturado, depois de o seu avião ter sido abatido, em 1967, durante uma missão de bombardeamento no norte do Vietname.

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