Os 12 rapazes e o treinador resgatados há quase uma semana da gruta de Tham Luang, na Tailândia, já foram informados da morte de um mergulhador envolvido na operação.
A equipa de médicos esperou até sábado para dar a notícia aos 13 rapazes, após perceber que se encontravam bem em termos psicológicos: “Todos choraram e transmitiram as condolências, escrevendo mensagens junto de uma imagem do ex-militar Samarn Kunan, tendo ainda cumprido um minuto de silêncio em memória dele”, afirmou Jedsada Chokdamrongsuk, secretário do ministro da Saúde tailandês.
Eles também agradeceram ao mergulhador e prometeram serem bons homens: “Obrigada, Samarn. Prometemos que seremos bons rapazes”.
Segundo os médicos, todos os jovens se encontram em situação estável, embora só seja possível obter uma avaliação geral após terminar o período dos antibióticos. Se tudo correr como o previsto, a equipa médica – que acompanha de perto a evolução dos 12 rapazes – espera dar alta a todos na próxima quinta-feira.
Entretanto, as recomendações indicam que os jovens devem permanecer em repouso e evitar contacto com os media. As autoridades temem que os sinais de stress psicológico só se venham a manifestar mais tarde.
Foi no passado dia 6 de julho que Samarn Kunan, um ex-militar tailandês e mergulhador experiente, morreu quando tentava colocar garrafas de oxigénio ao longo da gruta para ajudar no resgate dos jovens.
Samarn, de 38 anos, trabalhava no aeroporto de Banguecoque como assistente em emergências, após ter deixado a Marinha tailandesa há 12 anos. Assim que teve conhecimento da situação dos jovens e do seu treinador não hesitou em ajudar.
Nas redes sociais, a viúva do mergulhador elogiou a força e a coragem do marido, pedindo ainda aos jovens para não se culparem pelo sucedido. “Quero dizer a esses rapazes, por favor não se culpem por nada”, afirmou Valeepoan Kunan, citada pela Reuters.
A viúva não se mostrou ainda surpreendida pelo facto do marido ser apelidado de herói. “Está a ser louvado como um herói porque de facto era o que ele era. Ele adorava ajudar os outros, fazendo ações de caridade e conseguindo que as coisas se concretizassem”, disse por sua vez Valeepoan Kunan à BBC.
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