Internacional

Protestos na Nicarágua já provocaram pelo menos 351 mortos

Os jovens têm sido um dos protagonistas dos protestos na Nicarágua
Os jovens têm sido um dos protagonistas dos protestos na Nicarágua
Oswaldo Rivas

A violência não abranda na Nicarágua. Os protestos contra o Presidente Daniel Ortega, que começaram por ser contra as mudanças na segurança social e nas contribuições fiscais, já fizeram mais de 350 mortos

Pelo menos 351 pessoas morreram e 261 estão desaparecidas na Nicarágua, devido à repressão do Governo contra os protestos que ocorrem no país desde abril, anunciou nesta quarta-feira a Associação Nicaraguense pelos Direitos Humanos (ANPDH).

Do total de mortos, 306 são civis, 28 faziam parte de grupos paramilitares que defendem o Governo de Daniel Ortega, 16 eram polícias e um era um membro do Exército, conforme foi detalhado em conferência de imprensa pelo secretário-geral da ANPDH, Alvaro Leiva, que leu um relatório preliminar da organização.

Além disso, 2.100 pessoas sofreram ferimentos e não tiveram acesso a atendimento médico oportuno do sistema público de saúde, dos quais 51 sofreram ferimentos graves com danos permanentes, refere o relatório.

Alvaro Leiva denunciou que, até agora, "não há fonte oficial" que forneça dados exatos sobre quantas pessoas foram feridas ou morreram nos diferentes protestos cívicos que têm vindo a ocorrer no país.

Desde 18 de abril que a Nicarágua é palco de manifestações e confrontos violentos. Os manifestantes acusam o Presidente Daniel Ortega e a mulher e vice-Presidente, Rosario Murillo, de abuso de poder e de corrupção.

Daniel Ortega está no poder desde 2007, após um primeiro mandato de 1979 a 1990.

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