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Tailândia. Elemento da equipa de resgate dos rapazes presos na caverna morre por falta de oxigénio

Tailândia. Elemento da equipa de resgate dos rapazes presos na caverna morre por falta de oxigénio
YE AUNG THU/AFP/Getty Images

Trata-se da primeira baixa numa operação de resgate de alto risco. Saman Kunan era um antigo membro da unidade de elite da Marinha tailandesa e juntou-se à equipa de resgate dos 12 rapazes e do treinador presos há quase duas semanas. O governador da cidade de Chiang Rai informou que está a ser construída uma “conduta de oxigénio” de cerca de cinco quilómetros para preparar o resgate da equipa de futebol

Tailândia. Elemento da equipa de resgate dos rapazes presos na caverna morre por falta de oxigénio

Hélder Gomes

Jornalista

Um antigo membro da unidade de elite da Marinha tailandesa, que fazia parte da equipa de resgate dos 12 rapazes e do seu treinador presos num complexo de cavernas, morreu na madrugada desta sexta-feira. Saman Kunan perdeu a vida numa operação de transporte e entrega de oxigénio na caverna, onde o ar está cada vez mais rarefeito. A informação é avançada pela agência Reuters, que cita o comandante da unidade.

“As condições na caverna são difíceis. Depois de colocar as garrafas de ar comprimido, ele ficou inconsciente no caminho de volta. Um companheiro tentou administrar-lhe os primeiros socorros. Ao não ter resposta, tentou movê-lo. Não vamos deixar que a sua vida tenha sido em vão. Vamos continuar”, disse o comandante Apakorn Yuukongkaew.

O governador da cidade de Chiang Rai, Narongsak Osottanakorn, informou que está a ser construída uma “conduta de oxigénio” de cerca de cinco quilómetros para preparar o resgate da equipa de futebol. “Estamos a aumentar o número de pessoas que entram na caverna. Por isso, temos de a encher com oxigénio”, disse.

As alternativas numa missão de alto risco

As equipas de resgate, incluindo especialistas internacionais, estão a considerar maneiras alternativas de trazer o grupo para o exterior antes das fortes chuvas que se preveem para a próxima semana e que poderão dificultar ainda mais as operações. As alternativas passam por ensinar os rapazes a mergulhar e a nadar - o que tem sido descrito desde o início como uma decisão altamente arriscada -, por permanecer na caverna durante meses até que a estação das chuvas termine ou por perfurar um poço até à caverna a partir da floresta.

Os rapazes, com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos, e o seu treinador foram encontrados na segunda-feira, depois de nove dias no subsolo, com fome mas de bom humor. A equipa desapareceu a 23 de junho depois de sair para explorar a caverna e ficar presa na sequência de uma inundação repentina.

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