Equipas de resgate no norte da Tailândia deram esta quarta-feira cursos intensivos de natação e mergulho à jovem equipa de futebol que se encontra presa numa caverna há 11 dias. Uma equipa de mergulhadores, médicos e conselheiros reuniu-se com os 12 rapazes e o treinador de 25 anos, fornecendo-lhes comida e medicamentos, enquanto especialistas avaliavam as condições para os tirar de lá.
“A água está muito forte e o espaço é estreito. Extrair as crianças exige muita gente. Agora estamos a ensiná-las a nadar e a mergulhar”, disse o vice-primeiro-ministro Prawit Wongsuwan, acrescentando que se os níveis de água baixassem e o fluxo enfraquecesse, eles seriam retirados rapidamente. “Os 13 não têm de sair todos ao mesmo tempo. Quem estiver pronto primeiro pode ir primeiro. Se houver riscos, não os extraimos”, precisou.
As autoridades rejeitaram a hipótese de os rapazes e o treinador terem de ficar presos durante mais quatro meses, altura em que a estação das chuvas teria terminado e os níveis das águas descido consideravelmente. No entanto, foram preparados suprimentos para esse período de tempo.
“Ritual de iniciação”
Até ao final de terça-feira, cerca de 120 milhões de litros de água tinham sido bombeados para fora da caverna. A prioridade agora é monitorizar os níveis das águas, as previsões de chuva e os procedimentos de extração.
Na segunda-feira, os 12 rapazes e o treinador foram encontrados presos numa caverna após nove dias de buscas. De acordo com o que foi sendo revelado pelas autoridades, o grupo teria ido visitar as grutas como parte de um ritual de iniciação que pressupunha caminhar até ao fim do complexo, escrever o nome numa das paredes e regressar. Contudo, uma subida súbita do nível das águas, devido às fortes chuvas, “trancou-os” no interior.
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