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Médicos Sem Fronteiras acusados de assédio sexual e recurso a prostitutas

Médicos Sem Fronteiras acusados de assédio sexual e recurso a prostitutas
Getty Images

A denúncia é feita por antigas funcionárias da organização não-governamental em secções europeias e africanas. A troca de medicamentos por sexo foi outra das alegações feitas em relação a pessoal da logística e não a médicos e enfermeiros. Em resposta, a instituição disse que não tolera “abuso, assédio ou exploração”

Médicos Sem Fronteiras acusados de assédio sexual e recurso a prostitutas

Hélder Gomes

Jornalista

Trabalhadores humanitários dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) recorreram a prostitutas locais nas suas missões em vários países africanos. A denúncia foi feita por antigas funcionárias da organização não-governamental (ONG) ao programa de Victoria Derbyshire da BBC.

As acusações são dirigidas à equipa de logística e não aos médicos ou enfermeiros daquela que é uma das maiores agências de ajuda internacional. Uma das denunciantes afirmou que um superior seu dava medicação em troca de sexo. Uma outra, que trabalhou com seropositivos na África Central, garantiu que o recurso a prostitutas locais era “generalizado”. E uma terceira disse que o assédio sexual, de que ela própria foi vítima, e a troca de medicamentos por sexo são comportamentos “endémicos” e fazem “parte da instituição”.

No total, o programa televisivo falou com oito mulheres que trabalharam para os MSF em várias secções europeias e africanas.

Em resposta, a instituição disse que não tolera “abuso, assédio ou exploração” e que o recurso a prostitutas é banido pelo seu estrito código de conduta. A ONG acrescentou que “lamenta quaisquer casos em que pessoas tenham sofrido assédio, abuso ou de outra forma de maus tratos”.

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