Uma doença misteriosa que atinge diplomatas dos EUA e respetivas famílias levou à retirada de pelo menos mais dois americanos da China esta quarta-feira. Segundo responsáveis, os americanos deslocados trabalhavam no consulado americano na cidade de Guangzhou e os seus colegas e familiares estão a ser observados por uma equipa médica do Departamento de Estado.
Ainda não se conhece o número de pessoas que apresentam os sintomas da doença. Contudo, uma porta-voz do Departamento de Estado revelou que vários indivíduos foram enviados para os EUA para serem submetidos a mais testes.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, divulgou na terça-feira um comunicado dizendo que o Departamento criou uma força especial no mês passado para encontrar "uma resposta de múltiplas agências aos inexplicáveis incidentes de saúde". "A natureza exata dos ferimentos sofridos pelo pessoal afetado, e se existe uma causa comum para todos os casos, ainda não foi estabelecida", disse Pompeo.
Tudo começou em Havana
Os recentes casos na China ampliaram um mistério médico que começou em 2016, quando funcionários da embaixada americana e familiares começaram a adoecer na capital de Cuba, Havana. No total, 24 deles sofriam de dores de cabeça, náusea, perda de audição, problemas cognitivos e outros, detetados depois de ouvirem sons estranhos.
Os casos iniciais azedaram as relações entre EUA e Cuba, país que ficou de imediato sob suspeita, e levaram à expulsão de diplomatas cubanos. No entanto, os casos mais recentes abrem a possibilidade de outros países, como a China ou a Rússia, serem também responsáveis por esta misteriosa doença.
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