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Médicos que trataram Sergei e Yulia Skripal pensaram que eles não sobreviveriam

O carro de Sergei Skripal foi selado, bem como a garagem da família e as campas da mulher e do filho do ex-espião russo
O carro de Sergei Skripal foi selado, bem como a garagem da família e as campas da mulher e do filho do ex-espião russo
Rufus Cox/GETTY IMAGES

Responsáveis do hospital distrital de Salisbury falaram à BBC num programa que será emitido esta terça-feira. O ex-espião russo e a sua filha foram envenenados com um agente nervoso num banco de jardim, em Inglaterra, a 4 de março. O caso desencadeou uma grande ofensiva diplomática entre a Rússia e o Ocidente

Médicos que trataram Sergei e Yulia Skripal pensaram que eles não sobreviveriam

Hélder Gomes

Jornalista

Os médicos que trataram o antigo espião russo, Sergei Skripal, e a sua filha, Yulia, ambos envenenados com um agente nervoso conhecido como novichok, inicialmente não pensaram que eles sobrevivessem.

Responsáveis do hospital distrital de Salisbury relataram no programa Newsnight da BBC, que será emitido esta terça-feira, a experiência a partir do momento em que pai e filha foram levados para as urgências depois de serem encontrados inconscientes num banco de jardim a 4 de março.

“Quando soubemos que se tratava de um agente nervoso, esperávamos que eles não sobrevivessem. Tentaríamos todas as nossas terapias, garantiríamos o melhor atendimento clínico, mas todas as evidências apontavam para que não sobreviveriam”, disse o médico de cuidados intensivos Stephen Jukes.

Uma vez diagnosticado o agente, a missão do pessoal clínico era manter os Skripal vivos. De acordo com os relatos, eles foram fortemente sedados e recebiam pesadas doses de medicamentos para os proteger dos efeitos do veneno e para ajudar a reiniciar a produção natural de uma enzima-chave nos corpos de ambos.

Yulia foi a primeira a recuperar e teve alta em abril, enquanto o pai só teve alta em maio.

O Reino Unido, que responsabiliza a Rússia pelo ataque, anunciou uma série de sanções, incluindo a expulsão de 23 diplomatas russos, numa ofensiva diplomática seguida por outros países ocidentais. A Rússia, que nega qualquer envolvimento, retaliou ordenando a expulsão de Moscovo de igual número de diplomatas.

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