A líder da Frente Nacional e candidata às eleições presidenciais francesas apelou esta manhã para que sejam restabelecidas as fronteiras, após o ataque que teve como alvo polícias esta quinta-feira em Paris.
Numa declaração feita aos jornalistas – sem direito a perguntas – a partir da sua sede de campanha e com segurança reforçada, Marine Le Pen, insistiu numa ideia recorrente do seu discurso sobre a livre circulação de pessoas e acusou o atual governo de inação no combate ao terrorismo. “A este governo efémero, marcado pela inação, peço que restabeleça de imediato as nossas fronteiras”, afirmou a líder da Frente Nacional.
Segundo Le Pen, os polícias foram atacados porque são o símbolo do Estado: “A França não é atacada por aquilo que fez, mas por aquilo que é”, insistiu. A candidata presidencial sublinhou o polícia morto esta noite junta-se a uma longa lista de vítimas do terrorismo islâmico, pelo que se impõe neste “estado de guerra” uma “resposta global e total”.
“O islamismo é uma ideologia hegemónica monstruosa que declarou guerra à nossa nação, à razão, à civilização. A guerra em que estamos envolvidos é uma guerra assimétrica, uma guerra revolucionária, uma guerra que tem como objetivo a nossa submissão a uma ideologia”, declarou Marine Le Pen, garantindo que caso seja eleita assumirá uma Presidência que “age e protege”, fechando as fronteiras e expulsando os terroristas para os seus países de origem.
A candidata ao Eliseu sustentou ainda que os franceses devem estar unidos “não só na compaixão, mas na determinação e na coragem na luta contra o terrorismo”. E a dois dias da primeira volta das eleições, apelou ao voto prometendo restaurar a confiança dos valores franceses. “Durante dez anos, perante os governos da direita e da esquerda, tudo foi feito para nós perdermos”, acusou Le Pen, assumindo-se como a alternativa para um novo caminho.
O ataque ocorrido na noite de quinta-feira em Paris acontece a três dias da primeira volta das eleições presidenciais em França, quando está previsto um novo reforço da segurança no país sobretudo junto às assembleias de voto.
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