Internacional

Autor do tiroteio em Charleston condenado à morte

Autor do tiroteio em Charleston condenado à morte
Grace Beahm-Pool/Getty Images

Jovem que matou nove negros numa igreja afro-americana, em junho de 2015, disse não estar arrependido do crime. “Ninguém me obrigou”, declarou Dylann Roof no tribunal federal de Charleston

Autor do tiroteio em Charleston condenado à morte

Liliana Coelho

Jornalista

Dylann Roof, autor do tiroteio que em junho de 2015 provocou a morte de nove negros numa igreja afro-americana em Charleston, na Carolina do Sul, foi condenado à morte.

Um júri constituído por nove brancos e três negros, que em dezembro declarou Dylann Roof culpado por 33 crimes, confirmou esta terça-feira o seu veredito – numa sessão de três horas – condenando o jovem norte-americano à pena capital.

“Ninguém me obrigou”, afirmou Dylann Roof no tribunal federal de Charleston. O jovem, de 22 anos, que não mostrou sinais de arrependimento, confessou o crime num vídeo que foi gravado após o massacre.

No vídeo, o jovem justificou a ação como vingança pelos “crimes cometidos pelos negros contra os brancos”. Dylann também já tinha escrito um manifesto – que foi publicado num site chamado “O último cidadão da Rodésia [atual Zimbabué]” – em que explicava o massacre.

“Não tenho escolha. Não estou numa posição de entrar num gueto e lutar. Escolhi Charleston porque é a cidade mais histórica do meu Estado e já registou a maior taxa de negros no país", pode ler-se no manifesto.

“Os negros são estúpidos e violentos. São racialmente conscientes quase desde o nascimento, os brancos normalmente não pensam sobre a questão racial”, acrescentou.

Foi a 17 de junho de 2015, que Dylann Roof cometeu o massacre na histórica Igreja Emanuel Metodista Episcopal Africana, em Charleston. Depois de assistir durante uma hora à leitura da Bíblia na igreja, o jovem tirou uma arma do bolso e começou a disparar, causando nove mortos: seis mulheres e três homens.

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