Atualmente estarão entre 13 mil a 18,5 mil prostitutas chinesas na África subsariana, segundo as estimativas de Basile Ndjio, antropólogo da Universidade de Douala nos Camarões e autor de um artigo sobre o assunto que sairá na publicação científica “Urban Studies”.
A página para África do site económico “Quartz” apresenta o artigo indicando que Ndjio será porventura o único académico a estudar o fenómeno que, segundo as palavras do próprio, terá “uma dimensão continental”.
Em todo o mundo haverá cerca de 10 milhões de prostitutas chinesas. Após uma primeira vaga de migração para África durante a Guerra Fria, quando serviam sobretudo trabalhadores migrantes, a segundo e atual vaga começou nos princípio do novo milénio, desta feita já para venderam também os seus serviços sexuais aos habitantes locais.
O poder de compra da classe média africana triplicou nas últimas três décadas, segundo números da consultora Deloitte citados pela “Quartz”, o que além de outros bens e serviços criou também o crescimento da indústria do sexo no continente.
O antropólogo indica que a maior parte das prostitutas chinesas são mulheres vindas de zonas rurais que migraram para África pensando ir trabalhar como empregadas de bar ou secretárias, acabando como trabalhadoras sexuais e vítimas de traficantes que as obrigaram desse modo a pagar os bilhetes de avião e vistos.
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