Grécia adia duas medidas previstas no acordo com os credores
Tsipras pretende minimizar o mal-estar no Syriza e no Governo, explica a imprensa local. Bruxelas desvaloriza e diz que o governo grego deu garantias de que irá respeitar o acordo
Tsipras pretende minimizar o mal-estar no Syriza e no Governo, explica a imprensa local. Bruxelas desvaloriza e diz que o governo grego deu garantias de que irá respeitar o acordo
Jornalista
O segundo pacote de reformas que será votado esta quarta-feira à noite no Parlamento grego exclui duas medidas previstas no acordo: a redução das reformas antecipadas e o aumento de impostos para agricultores.
De acordo com a Reuters, que cita o jornal grego “Kathimerini”, a segunda medida era fortemente contestada pelo partido de coligação - Nova Democracia - e vários deputados do próprio Syriza.
Com esta manobra, explica o jornal, Alexis Tsipras pretende minimizar o mal-estar entre os membros do Executivo e do partido, depois de 38 deputados do Syriza não terem votado a favor do acordo que abre portas para o terceiro resgate.
O ministro grego das Finanças, Euclid Tsakalotos, disse que essa questão deverá ser discutida com os credores durante as negociações
Entretanto, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, não se mostrou preocupado com o adiamento de duas medidas em Atenas, assegurando que o governo grego deu garantias que irá respeitar o acordo e que as instituições credoras estão em contacto permanente com as autoridades gregas.
Moscovici adiantou também que as negociações entre Atenas e e as instituições credoras deverão estar concluídas na segunda metade de agosto. “Existe um calendário que nos leva para a segunda quinzena de agosto”, disse.
O porta-voz do Executivo helénico referiu, por sua vez, esperar que as discussões devem terminar até 20 de agosto.
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