Internacional

Combate ao terrorismo. Tunísia encerra 80 mesquitas salafitas na próxima semana

Exterior do hotel Marhaba em Sousse, palco do atentado de sexta, 26 junho
Exterior do hotel Marhaba em Sousse, palco do atentado de sexta, 26 junho
ZOUBEIR SOUISSI / REUTERS

O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, vai reforçar a segurança nas zonas turísticas e diz que mesquitas salafitas estão a ser usadas para espalhar "veneno jihadista"

O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, anunciou este sábado que durante a próxima semana vai fechar 80 mesquitas salafitas, por considerar que estes locais são usados para espalhar o "veneno" jihadista. A decisão de Habib Essid surge um dia depois do ataque terrorista na zona balnear de Sousse que provocou a morte de 38 pessoas. 

O turismo é uma das receitas da Tunísia e Essid apresentou um conjunto de medidas que incluem a presença de reservistas do Exército nas zonas turísticas e nos locais arqueológicos.

Em conferência de imprensa, o chefe do Governo da Tunísia disse que também iria sancionar todos os partidos e grupos que ajam à margem da Constituição e colaborem com a propaganda terrorista. 

Em menos de quatros meses, a Tunísia foi palco de dois atentados que transformaram os turistas em alvos a abater. Recorde-se que em março um atentado contra o Museu do Bardo, em Tunes, assassinou 22 pessoas. 

O jornal espanol "El Pais" diz que os operadores britânicos   de turismo no Reino Unido já estão a evacuar os turistas que estavam de férias na Tunísia. O número total de turistas a repatriar ronda os 2500. 

O salafismo surgiu no final do século XIX como um movimento reformista islâmico; nos primeiros tempos defendeu um caminho para o desenvolvimento com especificidades próprias para o mundo islâmico. Mais tarde, alguns grupos extremistas deturparam a ideia base do movimento.

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