O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, anunciou este sábado que durante a próxima semana vai fechar 80 mesquitas salafitas, por considerar que estes locais são usados para espalhar o "veneno" jihadista. A decisão de Habib Essid surge um dia depois do ataque terrorista na zona balnear de Sousse que provocou a morte de 38 pessoas.
O turismo é uma das receitas da Tunísia e Essid apresentou um conjunto de medidas que incluem a presença de reservistas do Exército nas zonas turísticas e nos locais arqueológicos.
Em conferência de imprensa, o chefe do Governo da Tunísia disse que também iria sancionar todos os partidos e grupos que ajam à margem da Constituição e colaborem com a propaganda terrorista.
Em menos de quatros meses, a Tunísia foi palco de dois atentados que transformaram os turistas em alvos a abater. Recorde-se que em março um atentado contra o Museu do Bardo, em Tunes, assassinou 22 pessoas.
O jornal espanol "El Pais" diz que os operadores britânicos de turismo no Reino Unido já estão a evacuar os turistas que estavam de férias na Tunísia. O número total de turistas a repatriar ronda os 2500.
O salafismo surgiu no final do século XIX como um movimento reformista islâmico; nos primeiros tempos defendeu um caminho para o desenvolvimento com especificidades próprias para o mundo islâmico. Mais tarde, alguns grupos extremistas deturparam a ideia base do movimento.
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