Grécia. Negociações em Bruxelas terminam sem acordo
Dois dias de negociações entre a Grécia e os credores internacionais terminam sem acordo. Mas Juncker "continua convencido" que uma solução poderá ser encontrada até ao fim do mês
Dois dias de negociações entre a Grécia e os credores internacionais terminam sem acordo. Mas Juncker "continua convencido" que uma solução poderá ser encontrada até ao fim do mês
As negociações entre a Grécia e os credores internacionais, que se realizaram este fim de semana em Bruxelas, terminaram esta tarde sem acordo, devido a "divergências importantes" que persistem entre os dois lados, avançou um porta-voz da Comissão Europeia.
"As propostas gregas continuam incompletas", afirmou este porta-voz citado pela agência noticiosa AFP.
A mesma fonte comunitária disse, no entanto, que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, "continua convencido" que "pode ser encontrada [uma solução] até ao final do mês", altura em que a Grécia tem de reembolsar uma parte do empréstimo já concedido ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Juncker "fez uma última tentativa este fim-de-semana para encontrar, através dos seus colaboradores próximos e em estreita ligação com os especialistas da Comissão, do Banco Central Europeu e do FMI, uma solução com o primeiro-ministro" grego, Alexis Tsipras.
"Apesar de ter havido progressos, as negociações falharam porque persistem divergências importantes entre os planos das autoridades gregas e as exigências conjuntas" dos credores, explicou esta fonte europeia.
Para a Comissão, os gregos devem aplicar "até dois mil milhões de euros" em medidas de austeridade anuais para receberem a ajuda financeira de que precisam, uma situação que deverá ser discutida na próxima reunião do Eurogrupo, que deverá acontecer esta quinta-feira no Luxemburgo.
Do lado da Grécia, fonte do Governo afirmou à AFP que as exigências dos credores "são irracionais" e imputou responsabilidades ao FMI, que acusou de ter uma posição "intransigente e dura".
A Grécia arrisca-se a entrar numa situação de incumprimento de pagamentos: Atenas tem até 30 de junho para reembolsar 1,6 mil milhões de euros ao Fundo e pode não conseguir honrar esta obrigação se os 7,2 mil milhões de euros do segundo resgate financeiro não forem desbloqueados.
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