Desde há quatro anos, a paisagem da Califórnia mudou. Os rios e lagos secaram e o solo começou a apresentar fendas profundas. O consumo de água superou o nível de qualquer outro estado, enquanto o quadro de seca extrema obrigou o governador James Brow a anunciar uma meta voluntária de 25% de poupança de água. No entanto, a medida não surtiu efeito.
Esta situação levou o Departamento de Controlo dos Recursos Hídricos do estado a dar luz verde, na terça-feira, a uma lista de restrições sem precedentes ao consumo de água, que prevêem cortes entre 4% e 36%.
“Esta é uma crise da comunidade”, alertou a presidente do regulador, Felicia Marcus, citada pela Reuters.
Segundo as novas regras, os utilizadores urbanos serão os mais afetados – embora só contribuam para cerca de 20% do consumo de água no estado. Os agricultores não serão alvo de restrições, uma vez que James Brown considera que o sector primário já foi muito atingido pela seca, devendo contribuir agora para o crescimento da economia.
As restrições ao consumo de água variam consoante as regiões: estão previstos cortes de 8% em São Francisco, 16% em Los Angeles e entre 20% e 28% em São José e Sacramento, respetivamente. Já Beverly Hills, será alvo do corte máximo (36%).
Mesmo os habitantes das áreas mais pequenas terão restrições ao nível do consumo de água pelo menos dois dias por semana.
Entre as medidas está a proibição de regar os jardins e os campos de golfe com água potável, além do incentivo à colocação de outros pisos em vez de relva, de forma a evitar o desperdício do recurso.
Já este ano, o governador James Brown lançou um plano de emergência no valor de 1000 milhões de dólares (897 milhões de euros) para responder à situação de seca extrema.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt