Sector agroalimentar português pretende continuar a internacionalizar-se com o importante apoio do retalho e da inovação ao longo da cadeia de produção. Temas a discutir na conferência “Portugal Exporta: o futuro são os nossos produtos”, organizada pelo Lidl com o Expresso como media partner
Jornalista
A marca Portugal é cada vez mais reconhecida pelo mundo fora e do vinho aos frutos, os produtos portugueses têm uma presença mais visível nas prateleiras dos supermercados e lojas. Resultado de um trabalho focado na exportação e na valorização da produção nacional implementado ao longo dos últimos anos e que tem vindo a dar frutos. Pede-se agora um reforço desse modelo para dar passos mais sustentados rumo a uma internacionalização ainda maior.
"As exportações têm sido um dos principais motores da economia portuguesa", argumenta o administrador da AICEP, Paulo Rios Oliveira. “Este dinamismo é acompanhado por uma crescente diversificação de mercados: embora exista ainda uma elevada concentração nas grandes empresas exportadoras, observamos que um grupo relevante de empresas tem conseguido expandir-se para múltiplos destinos, reduzindo a dependência de poucos mercados e reforçando a projeção internacional de Portugal”.
1,6%
é quanto se estima que o PIB português cresça em 2025
Na opinião de Gonçalo Lobo Xavier, diretor geral da APED, “hoje uma parte muito significativa da oferta alimentar em Portugal tem origem em produtores nacionais, fruto da relação próxima e de confiança que o sector do retalho tem estabelecido ao longo dos anos com os agricultores e a indústria transformadora”. É importante perceber que “o consumidor português valoriza cada vez mais a proximidade das lojas, a frescura e a qualidade dos produtos, o que tem incentivado este crescimento”, explica.
Algo que estará em destaque na conferência “Portugal Exporta: o futuro são os nossos produtos” - organizada pelo Lidl com o Expresso como media partner - e que juntará representantes de diversas etapas da cadeia de valor da produção nacional para perceber o caminho trilhado e o que ainda está por fazer.
“O turismo internacional e a consolidação das estratégias que combinam lojas físicas com vendas digitais, têm tido um importante papel nesta sustentação do consumo, favorecendo o escoamento da produção nacional para variados perfis de consumidores que cada vez mais procuram produtos nacionais”, aponta a diretora executiva do Retail Innovation Lab da Católica-Lisbon, Maria Estarreja, para quem “o retalho alimentar desempenha um importante papel nas exportações portuguesas e na diversificação e promoção dos produtos nacionais, nomeadamente nas insígnias ou cadeias que têm apostado na expansão internacional, possibilitando dar palco a produtos e marcas nacionais”.
“Temos evoluído de forma muito positiva. A relação entre retalho e produção nacional é hoje mais sólida, e convergente. Mudou a escala, mudou a exigência em matéria de qualidade e certificação e mudou também a forma como consumidores e distribuidores olham para a produção local”, defende Gonçalo Lobo Xavier
Lembra o presidente da Portugal Fresh, Gonçalo Santos Andrade, que “somos reconhecidos pela qualidade, sabor e segurança dos nossos produtos, mas há que procurar cada vez mais valor acrescentado e mercados disponíveis para maximizar o valor”, que acrescenta: “A evolução nas exportações tem sido notória e sempre com tendência de crescimento. Mas para que a trajetória de sucesso se mantenha é necessário também que haja investimento e mudanças efetivas”.
No caso do vinho, por exemplo, as exportações “desempenham um papel absolutamente essencial para o sector vitivinícola português. Sem elas, a produção nacional seria excedentária, uma vez que o consumo interno não teria capacidade para absorver todo o volume produzido", garante Frederico Falcão, “presidente executivo da ViniPortugal. ”A internacionalização é, por isso, determinante não apenas para o equilíbrio do mercado, mas também para a afirmação de Portugal no contexto global”.
Saiba tudo sobre o evento em baixo.
Portugal Exporta: o futuro são os nossos produtos
O que é?
É uma conferência do Lidl que tem o Expresso como media partner e e que pretende ser um fórum de debate sobre o impacto do retalho alimentar e o papel estratégico das exportações portuguesas.
Quando, onde e a que horas?
Esta quarta-feira, 10 de setembro, no Pavilhão de Portugal (em Lisboa) a partir das 9h30.
Quem vai participar?
Porque é que este tema é central?
Porque se é verdade que a aposta nas exportações ao longo dos últimos anos tem resultado numa valorização inédita da marca Portugal, também é verdade que urge perceber agora quais são os próximos passos a dar para que esse crescimento seja sustentado e aumente de velocidade sem colocar em causa a qualidade dos produtos.
Onde posso assistir?
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