Asma, pneumonia ou doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) são apenas algumas das doenças respiratórias mais comuns em Portugal, uma realidade que o Fórum Saúde Respiratória quer ajudar a transformar através da reflexão e do debate. No próximo dia 9 de abril, o evento, organizado pela Sanofi com o Expresso como media partner, vai juntar decisores, especialistas em saúde e doentes para encontrar respostas que permitam diminuir a prevalência e a mortalidade associada a estas patologias.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2022 registaram-se 12.114 mortes causadas por doenças respiratórias, um aumento de 18,1% face ao ano anterior. O INE justifica que 40% desse aumento se deveu à subida de óbitos por pneumonia.
A estas, juntam-se ainda as vidas perdidas em consequência de tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmões, responsáveis por 4.410 mortes. No total, foram quase 17 mil fatalidades. As doenças respiratórias são hoje a quarta causa de morte no país, mas as previsões apontam para que se torne a principal até ao final da década. “A DPOC, asma, o cancro do pulmão e as doenças infecciosas, como a pneumonia, e doenças víricas, como a gripe, são temas centrais que devem preocupar a sociedade”, afirma Jorge Ferreira, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
“Existem enormes carências na reabilitação respiratória, porque temos de ter serviços devidamente dotados desta valência e isso não é comum a nível nacional”, reconhece o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
O tabagismo continua a ser um dos principais fatores de risco para muitas das doenças respiratórias, em particular para a DPOC. “90% das pessoas com estas doenças são fumadoras ou ex-fumadoras. É preciso reforçar muito a prevenção neste campo”, aponta José Albino. O presidente da Associação Respira considera fundamental que o Estado aplique parte das receitas obtidas com impostos sobre os produtos de tabaco em prevenção. “As novas formas de tabaco são extremamente enganosas, são realmente uma praga”, critica.
Mais atenção à saúde dos pulmões
Há ainda muito por fazer no que à prevenção diz respeito, mas, realça a Respira, é preciso investir mais nas respostas terapêuticas para doentes respiratórios. “A reabilitação respiratória é considerada das melhores terapêuticas que existem, melhora muito a qualidade de vida dos doentes”, explica. Porém, José Albino lamenta que a oferta de proximidade seja curta e, por isso, acessível apenas a doentes hospitalares.
Jorge Ferreira confirma a dificuldade em assegurar resposta para todos os doentes, ainda que a reabilitação respiratória seja considerada “vantajosa em todos os segmentos de doentes”, mas particularmente positiva em pessoas com DPOC. “Tem de haver, de facto, uma aposta por parte das entidades ministeriais no sentido de desenvolver, nos serviços de pneumologia, a articulação com os serviços de medicina física e reabilitação para tornar o acesso mais alargado”, considera o presidente da SPP.
é a percentagem da população portuguesa que desconhece a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Ainda assim, a patologia afeta cerca de 800 mil pessoas no país
No Fórum Saúde Respiratória será apresentado um white paper focado na DPOC, com o objetivo de apoiar médicos e doentes na gestão da doença e na melhoria da sua qualidade de vida. Objetivo deste encontro é debater as políticas públicas de saúde em Portugal, mas também promover “a literacia, a sensibilização e a capacitação de todos os profissionais” relacionados com as doenças respiratórias.
Consulte, abaixo, os detalhes do evento.
O Expresso, em parceria com a Sanofi, e com o apoio institucional da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), da Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e outras Doenças Respiratórias Crónicas, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e o Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar organiza o Fórum Saúde Respiratória 2025.
O tema é “Doenças Respiratórias em Portugal: A Urgência de Uma Resposta Integrada e Sustentável”. Este evento constitui um momento-chave para promover a reflexão e a ação sobre um dos maiores desafios de saúde pública em Portugal – as doenças respiratórias.
Quando, onde e a que horas?
Quarta-feira, dia 9, a partir das 9h30 no Edifício Impresa, em Oeiras
- Ricardo Costa, chief content officer do Grupo Impresa
- Sami Meniri, diretor da Unidade de Negócio Specialty Care da Sanofi
- Jorge Ferreira, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
- Rita Sá Machado, diretora-geral de Saúde
- Filipe Froes, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
- Cristina Bárbara, coordenadora do Plano Nacional para as Doenças Respiratórias
- Céu Mateus, professora catedrática de Economia da Saúde na Division of Health Research na Universidade de Lancaster, Reino Unido
- José Albino, presidente da Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas
- Maria da Conceição Gomes, membro da direção da Fundação Portuguesa do Pulmão
- Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
- Bogi Eliasen, diretor de Saúde do Instituto de Estudo do Futuro de Copenhaga, Instituto de Copenhaga
- José Albino, presidente da Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas
- Jorge Ferreira, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP)
- Álvaro Almeida, diretor executivo do SNS
- Carlos Alves, vice-presidente do INFARMED I.P
- Francisco Sousa Vieira, coordenador do GP do PSD na Comissão de Saúde na Assembleia da República
- Cláudia Vicente, coordenadora Grupo Estudos de Doenças Respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
- Vitor Carola, Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas
- João Neiva Machado, coordenador da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP)
- Ricardo Baptista Leite, CEO da HealthAI
- Francisco Rocha Gonçalves, diretor de Acesso ao Mercado e Relações Institucionais Sanofi
Porque é que este tema é importante?
As doenças respiratórias são a terceira causa de morte em Portugal e estima-se que se tornem a primeira até ao final desta década. Aumentar a prevenção e melhorar a qualidade de vida dos doentes deve ser, por isso, uma prioridade de decisores públicos e profissionais de saúde. No evento, serão apresentados novos dados sobre a DPOC em Portugal e no mundo.
Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todo o conteúdo criado, editado e produzido pelo Expresso (ver Código de Conduta), sem interferência externa.