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Procuram-se soluções para os novos desafios da qualidade de vida

Procuram-se soluções para os novos desafios da qualidade de vida
Getty Images

A tecnologia e inovação aplicada aos doentes ou novas formas de diagnóstico serão alguns temas da mesa-redonda “Redesigning the Future of Healthcare”, a que o Expresso se associa como media partner, sendo este um evento organizado pela Johnson & Johnson

“Usar a tecnologia para transformar carga de doença em qualidade de vida e em bem-estar, para que possamos viver mais anos de vida saudável". Mais do que nunca, é um objetivo ao alcance e Ricardo Mestre, antigo secretário de Estado da Saúde, explica que “a tecnologia tem sido instrumental para transformar mortalidade em morbilidade, e muitas doenças que antes significavam morte iminente, são hoje doenças crónicas, com as quais as pessoas vivem muitos anos. Isso é uma evolução muito positiva”, diz o antigo governante, para quem o próximo salto acontecerá "se tivermos uma estratégia integrada para a saúde, em que a tecnologia é um meio para alcançarmos os resultados de que precisamos, e não um fim em si mesmo”.


é o lugar em que Portugal se encontra no ranking de países europeus que mais aumentaram a sua maturidade no acesso a dados digitais de saúde, segundo o relatório “Década Digital 2024: Estudo de Indicadores de Saúde Digital”

“É este contexto organizacional e cultural que as unidades locais de saúde promovem e é esta evolução que os novos instrumentos de gestão permitem. Bem sei que é uma alteração profunda e complexa, que alguns podem até achar incompatível com a necessidade de responder rapidamente às expectativas criadas, mesmo que isso se baseie em resultados parciais ou em pequenos ganhos conjunturais. Mas se não o fizermos de forma séria, coerente e participada, ameaçamos a qualidade e a sustentabilidade da resposta em saúde" defende Ricardo Mestre.

Ana Sampaio, da direção da Plataforma Saúde em Diálogo, refere que “o registo de saúde eletrónico, o acesso ao medicamento, o acesso à inovação e reforço da participação do cidadão nos processos de avaliação de tecnologias, o estatuto do doente crónico e a participação efetiva dos cidadãos/pessoas que vivem com doença nos processos de decisão em saúde, enquanto direito consagrado na lei” são “temas prioritários” na agenda da instituição, uma vez que estas medidas “poderão garantir que a transformação da saúde seja mais inclusiva e equitativa”. Por isso “a colaboração entre associações de doentes, empresas e entidades governamentais é essencial para desenvolver soluções sustentáveis e acessíveis no sector da saúde. Esse tipo de cooperação gera impactos significativos em diversas áreas, incluindo inovação mais adaptada a quem dela necessita e financiamento a custos mais acessíveis”, opina.

“É essencial continuar a evoluir de um sistema fragmentado, reativo, focado na resposta à doença aguda, para um sistema mais proativo, mais centrado na promoção da saúde e nos seus determinantes", afirma Ricardo Mestre

O objetivo do evento “é estimular o ecossistema nacional de inovação nesta área e discutir ideias para acelerar a transformação do sistema de saúde português”, esclarece, por seu turno, Patrícia Gouveia, managing director da Johnson & Johnson MedTech. “O painel contará com as perspetivas do doente e utilizador dos serviços de saúde, do clínico, do gestor hospitalar e da academia, de modo a debater coletivamente as oportunidades e os desafios da introdução da inovação no sistema de saúde”, explica. "Na próxima década vamos assistir a mais transformações na área da saúde do que as que assistimos longo do século passado”, pelo que “acompanhar o ritmo dos avanços na medicina e na tecnologia traz, por isso, novos e significativos desafios a vários níveis, sendo a equidade no acesso aos cuidados de saúde um dos mais relevantes”.

Inovação em saúde - Redesigning the Future of Healthcare


O que é?

Especialistas em várias áreas vão conversar sobre os desafios tecnológicos na saúde, a inovação aplicada aos doentes ou novas formas de diagnóstico. As dificuldades, como a carga administrativa dos hospitais, a falta de recursos humanos ou o financiamento, também vão ser abordadas.

Quando, onde e a que horas?

O evento vai decorrer a 5 de fevereiro, na Fundação Oriente, em Lisboa, entre as 16 e as 18 horas.

Quem são os oradores?

  • Patrícia Gouveia, managing director da Johnson&Johnson MedTech
  • Ana Bastos Sampaio, direção da Plataforma Saúde em Diálogo)
  • Catarina Baptista, administradora hospitalar do Hospital CVP
  • João Gamelas, presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia
  • José Guilherme Tralhão, presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia
  • Pedro Adragão, chefe de serviço de cardiologia do CHLO
  • Ricardo Mestre, antigo secretário de Estado da Saúde e professor na Escola Nacional de Saúde Pública – NOVA

Porque é que este tema é central?

A tecnologia tem o poder de revolucionar a saúde, mas para isso é preciso superar desafios como a integração de sistemas, o acesso equitativo e a segurança dos dados, garantindo que todos beneficiem dessas inovações.

Como é que posso assistir?

Clique neste LINK para se inscrever e assistir presencialmente.

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