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2025 promete dificuldades (mas também oportunidades)

Os principais desafios para 2025 e as tendências políticas e económicas que vão marcar os próximos tempos, quer nacional, quer internacionalmente, estiveram em foco em novo Encontro Fora da Caixa, organizado pela Caixa Geral de Depósitos com o Expresso como media partner

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Enquanto o mundo debate o 'momento Sputnik' da emergência da inteligência artificial chinesa e a catadupa de ordens executivas que estão a marcar o arranque da segunda presidência de Donald Trump, o espaço europeu encontra-se na difícil posição de balancear os dois polos, sem antagonizar nenhum, mas também de tentar impor-se como um ator global capaz de manter a sua relevância. A questão europeia prende-se também com a sua capacidade de manter uma frente unida, algo que não se afigura fácil, perante as profundas divergências que os países têm não só entre si, mas também dentro do seu próprio espaço, e que incluem a emigração, a resposta económica às incertezas geopolíticas ou a sustentabilidade, por exemplo.

Desafios, mas também oportunidades, que estiveram em destaque em novo Encontro Fora da Caixa, organizado pela Caixa Geral de Depósitos com o Expresso como media partner, e que se seguiu à atribuição dos Prémios Expresso PME/Caixa TOP (cujos vencedores pode conhecer AQUI). Com condução da jornalista da SIC, Cristina Freitas, o evento em Vila Nova de Gaia juntou Paulo Moita de Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos; Paulo Baldaia, jornalista; Pedro Siza Vieira, advogado; Pedro Marques Lopes, comentador; Cristina Brízido, presidente do Conselho de Administração da Caixa Gestão de Ativos; Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da Associação Empresarial de Portugal; Rodolfo Machado, CEO da Sociedade Industrial da Herdade da Maia; Rui Pereira, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Feerica; Rui Costa, administrador da Turilima; Francisco Cary, administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos; Pedro Abrunhosa, músico; e José Teixeira, presidente do Grupo DST.

Conheça as principais conclusões.

Panorama geopolítico

  • As perspetivas de crescimento económicas mais fracas, a que se juntam as anunciadas tarifas económicas de Donald Trump como pano de fundo, colocam os países europeus à procura da resposta mais adequada.
  • "Se vamos ter mais tarifas, a reindustrialização é ainda mais necessária", defende Paulo Macedo. "Já sem falar da questão estrutural".
  • Em Portugal, "continuamos a estar pior no que estamos pior há muitos anos: na questão laboral e fiscal", avisa.

Dinâmicas em oposição

  • As diferentes perspetivas quanto à integração de imigrantes e às mudanças que 2025 promete estão na ordem do dia e as intervenções no debate não foram exceção.
  • Segundo Pedro Siza Vieira, "nunca nos vamos entender" no "tema da integração dos imigrantes".
  • No que toca à nova administração norte-americana, Pedro Marques Lopes alerta "que esta ideia que as pessoas têm das instituições é mentira". "Em 15 dias" é possível destruí-las.

Desafios e oportunidades das empresas

  • "Há margem para que o consumo europeu tenha um papel diferente daquele que tem tido até agora, aponta Cristina Brízido, com oportunidades que vão desde a inteligência artificial e desafios como o possível impacto das políticas protecionistas.
  • No turismo, as perspetivas continuam a ser positivas, sobretudo pelo vigor que o sector demonstrou na "recuperação imediata" que se seguiu aos "anos Covid", considera Rui Costa.
  • "Nós temos conseguido contratar os recursos humanos que precisamos, mas na realidade podia haver mais oferta", aponta Rui Pereira.

O que pode distinguir

  • Para Luís Miguel Ribeiro, a "escassez de talento é o principal risco apontado a Portugal".
  • Cabe agora às empresas portuguesas e aos seus gestores perceber onde podem encontrar formas de gerar valor acrescentado que as permita distinguirem-se.
  • "Os clientes querem cada vez mais entender o pensamento, o espírito do empresário", acredita José Teixeira. Sobretudo porque todos somos "produto de uma diversidade de saberes".

Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todo o conteúdo criado, editado e produzido pelo Expresso (ver Código de Conduta), sem interferência externa.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: toliveira@impresa.pt

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