Durante quase dez anos, a E-Redes - a empresa que gere as linhas de distribuição que fazem chegar a eletricidade às casas, às empresas, aos candeeiros de rua ou aos carregadores de carros elétricos - andou pelo país inteiro a trocar todos os contadores antigos por contadores inteligentes.
Foram 6,6 milhões de contadores trocados, dos quais 6,4 milhões estão ativos; 150 mil estão desligados (porque uma empresa fechou ou uma família mudou de casa); e 60 mil referem-se aos circuitos de iluminação pública, onde se pode incluir também os carregadores para a mobilidade elétrica.
Quer isto dizer que, neste momento, todos os contadores do país são inteligentes e todos os novos que forem sendo instalados também o serão, o que, além de trazer vantagens para o consumidor e para a E-Redes, é de especial importância no processo de transição energética e no crescimento da eletrificação.
foi o investimento da E-Redes na instalação de contadores inteligentes em todo o país
Por exemplo, “sem contadores inteligentes não seria possível ter mobilidade elétrica”, diz Rui Miguel Gonçalves, responsável de regulação na E-Redes. Ou não seria sequer possível ter comunidades de energia, ou sequer produzir eletricidade em casa através de um painel solar.
É que, “o contador antigo dava para saber quando consumimos num mês. Com os novos sabemos o que se consome com um detalhe de 15 minutos”, acrescenta Rui Miguel Gonçalves. Ou seja, “com estes contadores sabemos exatamente o que se está a consumir”, diz Luís Filipe Pereira, responsável pelas operações das redes inteligentes na E-Redes.
A importância destes contadores nestas três frentes - consumidores, gestão das redes e transição energética - é, aliás, o tema da conferência que a E-Redes organiza esta sexta-feira e à qual o Expresso se associa como media partner. Um encontro que reúne especialistas ligados à energia, mas também à defesa do consumidor que, garante a E-Redes, tem uma série de vantagens com estes equipamentos.
“Com estes contadores sabemos exatamente o que se está a consumir”, diz Luís Filipe Pereira
O que é?
É uma conferência organizada pela E-Redes que marca o final do processo de substituição dos contadores antigos por contadores inteligentes, um trabalho que durou quase dez anos a desenvolver.
Onde e quando?
Na sede EDP, na Avenida 24 de julho, em Lisboa, a 6 de dezembro das 9h30 às 12h30.
Quem são os oradores?
- Maria João Pereira, secretária de Estado da Energia
- Luís Filipe Pereira, responsável pelas operaçõess das redes inteligentes na E-Redes
- Bruno Martinho, managing director na Accenture Portugal
- Carlos Ferraz, presidente da Associação Portuguesa de Operadores e Comercializadores de Mobilidade Elétrica – APOCME
- Carlos Querido Santos, presidente da Associação das Agências de Energia e Ambiente (RNAE)
- Pedro Verdelho, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)
- Paulo Partidário, subdiretor geral da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG)
- Ana Sofia Ferreira, coordenadora do gabinete de apoio ao consumidor da DECO
Porque é que este evento é importante?
Os contadores inteligentes são um dos pilares da transição energética na medida em que permitem saber exatamente o que está a consumir, a que horas e onde, o que possibilita poupanças para os consumidores, uma melhor gestão da rede e ainda o auto consumo ou a mobilidade elétrica.
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