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Longevidade dá menos segurança económica

Longevidade dá menos segurança económica
Getty Images

Idade média e número de pessoas idosas em Portugal está a aumentar de forma acelerada, a que se juntam riscos financeiros

Longevidade dá menos segurança económica

Tiago Oliveira

Jornalista

O envelhecimento em Portugal é uma tendência crescente com consequências económicas. Ou não fossemos o 2º país da União Europeia (UE) com maior índice de envelhecimento, aquele que está a envelhecer mais rapidamente dentro da UE (Eurostat) e o 4º país do mundo com maior proporção de população idosa. De acordo com os dados mais recentes publicados pela Pordata, a idade media­na passou de 38,5 para 47 anos em duas décadas, com a população com 65 anos ou mais a crescer mais de 2% ao ano, desde 2019. São mais de 2,5 milhões de pessoas idosas, atualmente, com o número de indivíduos em idade ativa por cada idoso a passar de quatro ativos, há 20 anos, para 2,6.

Portugal é o 2º país da União Europeia (UE) com maior índice de envelhecimento e o 4º país do mundo com maior proporção de população idosa

A “diminuição da taxa de mortalidade, aumento da longevidade, redução da taxa de natalidade e saldos migratórios tendencialmente negativos” são os fatores apontados pelo responsável do Observatório do Envelhecimento do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Pedro Alcântara da Silva. Com a certeza de que “a população idosa em Portugal encontra-se ainda numa posição mais exposta e fragilizada em termos das suas condições de vida”, para o investigador “a exigência de desenvolver novos métodos para financiar e oferecer serviços sociais abre espaço para o desenvolvimento de abordagens e soluções inovadoras”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: toliveira@impresa.pt

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