Aproveitar a ocasião para alavancar a economia

Ganhar escala com a IA abre portas a mais produtividade e país pode ganhar peso na Europa e no mundo
Ganhar escala com a IA abre portas a mais produtividade e país pode ganhar peso na Europa e no mundo
As Critical Sessions juntou esta semana líderes empresariais dos sectores público e privado para debater o nível de desenvolvimento e de implementação da inteligência artificial (IA) nas empresas nacionais e para antecipar o impacto real desta ferramenta no futuro. A principal conclusão é a de que esta é uma oportunidade de alavancar a economia nacional e de catapultar mais empresas nacionais no exterior.
Desenvolver soluções que “possam ser testadas e aplicadas no mercado nacional e fazer a sua adaptação para serem comercializadas em contexto europeu ou global torna-se mais fácil com a ajuda da IA”, defende César Pestana, presidente do Conselho Diretivo da ESPAP (Serviços Partilhados da Administração Pública). Uma opinião partilhada por Rogério Campos Henriques, presidente da Comissão Executiva da Fidelidade, que reforça a importância de a economia portuguesa atingir outro patamar de desenvolvimento e de produtividade. “A IA é mais uma ferramenta que pode fazer a diferença nas empresas portuguesas, sobretudo nas que querem continuar a crescer, a melhorar, a inovar e a virar-se para o exterior.”
Uma das grandes vantagens desta escalabilidade é, na perspetiva de Carmo Palma, managing director da Axians, “fazê-lo sem necessidade de aumentar as equipas”, uma vez que a IA garante a automatização de um conjunto de tarefas, com grande impacto na produtividade. No entanto, alerta, “é preciso investir e ter know-how nas organizações, um caminho que já está a ser feito pelas grandes empresas, mas que acaba por ser difícil nas PME”.
A dificuldade em atrair e reter talento são desafios também referidos pelos gestores no evento organizado pela Axians. “Os recursos especializados, nomeadamente os cientistas de dados, são escassos e existe uma enorme concorrência com as empresas internacionais”, refere Carmo Palma. “É preciso treinar pessoas, e há uma série de empresas a fazê-lo”, reforça Rogério Carapuça, presidente da APDC (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações).
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