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Risco de pobreza elevado expõe fragilidades

Gina Oliveira e Joana Miranda mostram o mercado solidário da Associação Auxílio e Amizade
Gina Oliveira e Joana Miranda mostram o mercado solidário da Associação Auxílio e Amizade
Tiago Miranda

Mulheres e famílias com crianças dependentes entre os mais afetados pela subida da pobreza em Portugal

Risco de pobreza elevado expõe fragilidades

Tiago Oliveira

Jornalista

Risco de pobreza elevado expõe fragilidades

Tiago Miranda

Fotojornalista

Os números mais recentes do INE (divulgados pela Pordata) falam por si: em 2022, o risco de pobreza aumentou pela primeira vez em sete anos em Portugal (com exceção da pandemia), ao passar de 16,4% em 2021 para 17%, sendo no universo das crianças e jovens que a taxa mais se agravou. Por outro lado, a incidência da pobreza entre a população desempregada, que tinha diminuído entre 2020 e 2021, aumentou 3,3% em relação a 2021.

Mais de metade das pessoas em situação de pobreza são mulheres (54%) e integram agregados com crianças dependentes (56,7%)

​É “necessário que o combate seja visto como um desígnio nacional”, resume o padre Agostinho Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Antipobreza (EAPN) Portugal, para quem é essencial “construir uma sociedade inclusiva que coloca as pessoas no centro da tomada de decisões”, desenvolva “políticas sólidas que atuem na prevenção das situações de pobreza” e elimine “as suas causas estruturais”. Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento de 2023, “mais de metade das pessoas em situação de pobreza são mulheres (54%), têm idades compreendidas entre os 18 e 64 anos (56,5%) e integram agregados familiares com crianças dependentes (56,7%)”, com os dados a assinalarem “um aumento de 18,5% da população abaixo do limiar de pobreza a viver em áreas densamente povoadas”. Para Agostinho Jardim Moreira “a pobreza não é só uma violação grave dos direitos humanos, gera também um efeito negativo na economia e no desenvolvimento sustentado”. Combatê-la é “uma escolha política”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: toliveira@impresa.pt

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