Alterações climáticas, carbono zero, ESG, Inteligência Artificial, cibersegurança… As preocupações do mundo estão diferentes, mas continuam a afetar todos os sectores da economia e as seguradoras não são exceção.
Também elas têm de reduzir a sua pegada carbónica e corresponder aos novos parâmetros de ESG (sigla em inglês para Ambiente, Social e Governança) ao mesmo tempo que tentam perceber como lidar com as catástrofes naturais, cada vez mais frequentes e mais extremas.
Não só porque o património que já está segurado tem agora um risco maior que antes não tinha, diz André Rodrigues, da PwC, mas também porque continua a haver muito património que não está seguro, repara José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguros (APS).
Aliás, diz este responsável, os portugueses compram poucos seguros, cingindo-se apenas os obrigatórios, como os seguros de vida por via do crédito à habitação, o seguro contra incêndio nos prédios em propriedade horizontal, ou o seguro automóvel.
Por exemplo, só metade das casas tem seguro multiriscos, que além da cobertura contra incêndios podem também incluir as explosões de gás, inundações, sismos ou outros eventos climáticos que provoquem danos nas habitações. Ou seja, sem esse tipo e cobertura, o que existe “é uma dependência total do Estado”.
“[Os portugueses] vêem o seguro como uma espécie de taxa ou imposto e não como uma proteção. É um problema de literacia”, diz José Galamba de Oliveira
A cibersegurança é outra das preocupações a que as seguradoras estão atentas, este ainda mais indefinido que o das alterações climáticas. “É um evento novo e é difícil de perceber os prémios a pagar pelos danos”, explica Carlos Maia, também da área de seguros da PwC, lembrando que o danos causados pelo cibercrime podem incluir os gastos para recuperar os dados ou o pagamento de indemnizações aos lesados.
A estes temas - que estarão em debate na conferência organizada pela PwC esta quinta-feira na Gulbenkian - juntam-se também outros como os crescentes problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou o impacto da inflação na capacidade de poupança das famílias, que já era reduzida antes do aumento generalizado dos preços. Porque a fraca penetração de seguros em Portugal não abrange apenas os seguros de vida ou multiriscos.
é o número aproximado de portugueses com seguros de saúde
O que é?
É uma conferência organizada pela consultora PwC, e a que o Expresso se associa como media partner para debater as maiores preocupações do sector dos seguros.
Quando, onde e a que horas?
Dia 24 de outubro, quinta-feira, das 09h00 às 12h00, na Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Quem vai estar presente?
- António Correia, presidente da PwC
- Margarida Corrêa de Aguiar, presidente Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF)
- José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguros (APS)
- André Rodrigues, sócio da PwC
- Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade
- Pedro Carvalho, CEO da Generalli
- Luís Menezes, CEO delegado do grupo Ageas Portugal
- Teresa Brantuas, CEO da Allianz
Porque é que este encontro é central?
Porque a inflação, o aumento dos eventos climáticos extremos e a Inteligência Artificial também afetam o sector dos seguros, que tem ainda de lidar com os problemas crescentes do Serviço Nacional de Saúde.
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