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Almada: superar as feridas da grande indústria com projetos estruturantes

Almada: superar as feridas da grande indústria com projetos estruturantes
Getty Images

Um dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, Almada enfrenta vários desafios sociais e económicos, que passam pelas acessibilidades, pelos grandes projetos imobiliários, pela ligação à universidade e à inovação e pela gestão do litoral. São vários temas do debate Expresso 50 anos que conta com o apoio da Câmara Municipal de Almada

Almada: superar as feridas da grande indústria com projetos estruturantes

Marina Almeida

Jornalista

O Arco Ribeirinho do Sul, que envolve seis concelhos da margem Sul do rio Tejo é um dos projetos que anuncia a revolução estes territórios, com a expansão do Metro Sul do Tejo, novas acessibilidades e um percurso de 38 quilómetros entre Almada e Alcochete. Relançado em maio deste ano, será um dos temas do debate que junta economistas, decisores políticos e gestores na próxima segunda-feira, em Almada.

Para Teresa Almeida, presidente da CCDR-LVT, entre os grandes temas que se colocam a Almada estão “desafios estruturantes”, que decorrem de processos em curso, na construção de infraestruturas, na reindustrialização, e na resposta dos territórios às necessidades, por exemplo, na habitação e na mobilidade. Aponta ainda os processos de transformação urbana, “como o Arco Ribeirinho Sul, este, particularmente impactante na reinvenção e qualificação integrada dos territórios”.

O economista João Duque considera que a região procura encontrar uma nova centralidade depois do desaparecimento da grande indústria, como a Siderurgia Nacional, a Lisnave ou o grupo CUF.

“[Almada] ficou um dormitório, habitada por muita gente que faz o suporte da cidade de Lisboa”, aponta João Duque

177.238

mil habitantes é, segundo o Censos 2021, a população residente no município de Almada. É o quinto mais populoso da Área Metropolitana de Lisboa, apresentado tendência de crescimento positiva (+1,8%)

João Duque destaca o recurso que é a praia – “a Costa da Caparica é um portento” -, ainda pouco explorado do ponto de vista económico, bem como a fraca ligação entre as várias centralidades e a ambição de Almada se afirmar do ponto de vista cultural.

As acessibilidades, em particular a travessia do Rio Tejo, são um ponto fulcral para o território, a par dos empreendimentos previstos, como o Inovation District (em parceria com a Universidade Nova), a Margueira, Cacilhas ou o Cais do Ginjal.

50 anos Expresso | Almada | Novas perspetivas e desafios económicos, de Almada para o país

O que é

No âmbito das comemorações do 50º aniversário do Expresso, que tem percorrido todo o país, criam-se oportunidades para aprofundar o conhecimento dos territórios. A partir da cidade de Almada, que também assinala o seu meio século, uma reflexão sobre os desafios futuros do país.

Quando, onde e a que horas?

Segunda-feira, 4 de dezembro, no Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada, às 10h.

Quem são os oradores?

  • João Vieira Pereira, Diretor do Expresso
  • Inês de Medeiros, Presidente, Câmara Municipal de Almada
  • Teresa Almeida, Presidente, CCDR-LVT
  • Augusto Mateus, Economista
  • João Duque, Economista

Porque é que este evento é importante?

Almada concentra uma relevante fatia da população residente na Área Metropolitana de Lisboa e enfrenta desafios sociais e económicos com impacto na atual dinâmica do concelho, bem como dos concelhos limítrofes.

Como posso ver?

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Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: malmeida@expresso.impresa.pt

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