Covid, guerra na Ucrânia, inflação, disrupção das cadeias de abastecimento, conflito Israel-Hamas… O futuro da transição energética no mundo tem agora ainda mais desafios mas, como nota ao Expresso o CEO delegado da BloombergNEF (BNEF), Albert Cheung, tem também oportunidades.
E a prova disso é que, segundo dados da BNEF - que se dedica à investigação na área da energia - o investimento em renováveis, eletrificação, armazenamento, materiais sustentáveis, captura de carbono e hidrogénio superou, pela primeira vez em 2022, o trilião de dólares, com particular destaque para as renováveis e a eletrificação dos transportes.
Por cá, o ainda ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou, em março, que as intenções de investimento privado em projetos ligados à transição energética eram de 60 mil milhões de euros, atestando o sucesso das políticas deste Governo. Contudo, com a demissão do primeiro-ministro, António Costa, e com a eminência de eleições no horizonte, fica a dúvida sobre o seguimento das políticas do governo e, consequentemente, dos projetos já anunciados.
É, neste cenário de desafios e oportunidades a nível global - pelas circunstâncias referidas em cima - e de incerteza política em Portugal - por causa da crise política aberta no início da semana - que esta segunda-feira, 13 de novembro, são entregues os Prémios REN para as melhores de teses de mestrado na área da energia realizadas em 2023.
Um encontro que, à semelhança do que acontecia antes da pandemia, decorrerá no hotel Ritz e contará com a apresentação das perspetivas da BNEF para a transição energética que, de acordo com Albert Cheung, está a entrar numa “nova era”.
Distinções
Tal como nos anos anteriores - esta é já a 28º edição do prémio - serão distinguidos os trabalhos e investigações que mais ajudam a resolver os desafios que se colocam à transição energética - a nível de tecnologia, engenharia e até de regulamentação - e que contribuem para aproximar a academia das empresas.
Serão, assim, atribuídos três prémios de €25 mil, €15 mil e €10 mil respetivamente e ainda duas menções honrosas de €2.500 cada uma.
Este ano será também distinguida a melhor tese de doutoramento, galardão atribuído de dois em dois anos, no valor de €30 mil.
Serão ainda entregues as Medalhas de Mérito Científico, um prémio criado em 2021 pela REN, o Centro Ciência LP e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que tem como objetivo distiguir estudantes e investigadores de países africanos de língua portuguesa que tenham realizado trabalhos nas áreas da energia e da transição energética. Estes dois prémios são no valor de €5 mil cada um.
O que é?
É a entrega do Prémio REN, que conta com o Expresso como media partner, para as melhores teses de mestrado na área da energia e das Medalhas de Mérito Científico criadas o ano passado pela REN, o Centro Ciência LP e a Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Quando, onde e a que horas?
Dia 13 de novembro, segunda-feira, no hotel Ritz, em Lisboa, às 15h00.
Quem vai estar presente?
- Francisco Pinto Balsemão, presidente da Impresa
- João Peças Lopes, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e presidente do júri do prémio REN
- Rodrigo Costa, CEO da REN
- Albert Cheung, CEO delegado da BloombergNEF
- Pedro Teixeira, secretário de Estado do Ensino Superior
Porque é que este encontro é central?
Os prémios REN e as medalhas de mérito científico reconhecem os trabalhos de estudantes e investigadores que poderão ser a reposta a alguns dos desafios atuais da transição energética e reforçar a ligação entre empresas e a academia
Como posso assistir?
Clique AQUI.