Empresas podem (e devem) ir além da sustentabilidade

Os desafios da descarbonização e produção de novos gases renováveis perante uma realidade cada vez mais desafiante estarão em destaque na conferência Lisbon Green Gas Summit
Os desafios da descarbonização e produção de novos gases renováveis perante uma realidade cada vez mais desafiante estarão em destaque na conferência Lisbon Green Gas Summit
As empresas energéticas têm uma enorme responsabilidade, não só como produtoras e distribuidoras com enorme influência na ação climática, mas também pelo papel que podem ter nos comportamentos da sociedade. Por isso a ênfase das políticas e do discurso público está em fazer com que todas as entidades adotem medidas cada vez mais eficazes e significativas para que a sustentabilidade ganhe solidez e possa ultrapassar as fronteiras do conceito.
“Estamos num ponto em que não queremos abdicar da energia para o funcionamento da economia e da sociedade, mas todo o paradigma que temos vivido nas últimas décadas tem de mudar”, sustenta o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, para quem a “a principal exigência que teremos de fazer às empresas energéticas é que consigam, muito rapidamente, serem capazes de produzir e distribuir essa energia a partir de fontes renováveis e a preços razoáveis, sob pena de condicionarmos quer a competitividade do tecido empresarial, quer o bem-estar dos cidadãos”.
"Devemos continuar a investir na investigação associada a estas áreas e aproveitar todas as possibilidades concretas, e economicamente viáveis, para produzirmos energia de forma sustentável", refere Luís Miguel Ribeiro
A descarbonização e a produção de novos gases renováveis deve ser alargada a todos os elementos da cadeia de valor, até porque estamos numa fase em que as empresas energéticas devem aumentar o âmbito da sua contribuição no sentido de restaurar os efeitos que a produção e o consumo de energia impõem ao ambiente.
Desafios que estarão em discussão na Lisbon Green Gas Summit, conferência organizada pela Dourogás e a que o Expresso se associa, com a presença de alguns dos principais nomes do sector para definir estratégias e traçar o panorama. “O grande risco é as empresas não contratualizem” metas junto de todos os agentes da cadeia de valor e “ficarem sozinhas a fazer um grande esforço”, lembra Alexandre Fernandes, presidente da ENSE, que aponta também para o potencial do “biocombustível como substituto do combustível tradicional”, sobretudo numa lógica de economia circular.
€9,7
Consulte a ficha do evento.
Lisbon Green Gas Summit
O que é
O Expresso associa-se ao Grupo Dourogás para falar da descarbonização, em particular no contributo que os gases renováveis - numa visão que pretende ir para além da sustentabilidade - podem ter para o cumprimento desta missão.
Quando, onde e a que horas?
Acontece esta quinta-feira, 18 de maio, no CCB, a partir das 10h.
Quem são os oradores?
Porque é que este tema é central?
Porque numa altura tão complexa e em que os efeitos das alterações climáticas são cada vez mais evidentes, importa definir prioridades, oportunidades e desafios do sector energético português e perceber como garantir a melhor solução energética para Portugal, considerando as necessidades das empresas e da indústria. Por outro lado é preciso perceber as potencialidades dos resíduos orgânicos para a produção de biocombustíveis e obter a perspetiva das empresas e da indústria em relação aos desafios da transição energética, por exemplo.
Como posso ver?
Simples, clicando AQUI
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