Guerra na Ucrânia, inflação, ataques informáticos, crise energética, problemas na cadeia de abastecimento alimentar. E estes são apenas alguns dos problemas globais que surgem à cabeça. A lista de problemas que o mundo enfrenta é provavelmente uma das mais longas em várias gerações e o desfecho de cada uma delas assume um certo grau de imprevisibilidade que dificulta a tomada de decisões no imediato, e obriga a pensar no futuro e nas questões estruturais subjacentes às várias situações que enfrentamos.
Altura certa, por isso, para a reunião inaugural dos parceiros que compõem o Conselho de Segurança. O primeiro conselho geral realiza-se amanhã, 12 de setembro, e trata-se do novo projeto do Expresso, a que se juntam Sonae, Galp, Altice, Allianz, MGLTS e ACIN, com o objetivo de avaliar a nossa segurança em seis vertentes, a saber: tecnológica, militar, jurídica, saúde, Estado, e empresas. Em cada mês, cada assunto será debatido e analisado em detalhe para traçar o diagnóstico e tecer novos caminhos que influenciem as políticas públicas e ataquem com novo ímpeto as questões de fundo.
“Além de a segurança em si ser uma matéria fundamental, a sensação de insegurança, tenha ou não correspondência numa insegurança real, é em si mesma também um ponto crítico do estado atual das coisas, o que reforça a importância da reflexão e da discussão”, justifica Rui Patrício, sócio da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados. Até porque, reforça Luís Sousa, CEO da ACIN, “o mundo mudou, ninguém poderá ter dúvidas quanto a isso e, naturalmente, Portugal tem de integrar nas suas políticas, tanto internas como externas, o reflexo desta nova realidade”.
A geopolítica, a cibersegurança, as infraestruturas e a sustentabilidade ambiental serão transversais a cada um dos seis temas, com os debates e artigos dedicados a cada um dos tópicos a terem a participação de especialistas que ajudarão a pintar um retrato fidedigno dos problemas de segurança que enfrentamos. Além disso, haverá ainda espaço para uma sondagem alargada que o Expresso realizará sobre o que preocupa os portugueses e, por cada tema, será realizado um módulo de formação onde, em 30 minutos, serão analisados os pontos principais a ter em conta, os desafios que se colocam, e conselhos para as empresas em cada área.
“Os últimos anos, com todos os seus acontecimentos marcantes, vieram mostrar-nos que o planeamento e a prevenção são fundamentais para minimizar o impacto dos novos desafios”, afirma a CEO da Allianz, Teresa Brantuas
É o caso da segurança alimentar, que se afigura como “fundamental porque estamos a falar de todos nós, de um ecossistema que procura a sobrevivência por entre as adversidades crescentes”, garante a diretora de Qualidade & Research do Continente, Ondina Afonso. “Neste Conselho tentaremos contribuir para uma melhor preparação e resposta aos novos desafios”, aponta a CEO da Allianz, Teresa Brantuas.
milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2021 – 46 milhões a mais em relação ao ano anterior e 150 milhões a mais desde 2019
Continue a ler para saber mais sobre a primeira reunião do Conselho de Segurança e siga o site do Expresso e as redes sociais da Impresa para saber mais sobre o projeto. Com encontro marcado todos os meses ao longo dos próximos seis meses.
O que é?
Em 2022, o Expresso - em conjunto com a Sonae, Galp, Altice, Allianz, MGLTS e ACIN - lança um projeto para avaliar a nossa segurança tecnológica, militar, jurídica, na saúde, no Estado, e nas empresas. Ao longo de seis meses queremos construir um Conselho de Segurança, lançando debates, promovendo temas, reunindo stakeholders e influenciando políticas públicas.
Quando, onde e a que horas?
Amanhã, 13 de setembro, no edifício da Impresa, às 18h.
Quem são os oradores?
- Luís Sousa, CEO, ACIN
- José Alegria, Chief Information Security Officer, Altice Portugal
- Teresa Brantuas, CEO, Allianz
- Rodrigo Vilanova, vice-presidente executivo - Energy Management, Galp
- Rui Patrício, sócio, MLGTS
- Ondina Afonso, diretora de Qualidade & Research, Continente
Porque é que este tema é importante?
Porque o mundo vive envolto por um conjunto de ameaças interligadas que se estão a agudizar e que exigem uma resposta pronta e concertada por parte de organismos globais e nacionais. Por outro lado, é importante perceber quais são as razões estruturais que estão por detrás de muito do que está a ocorrer e promover uma discussão alargada que produza soluções aplicáveis e concretas.
Como posso assistir?
No Facebook do Expresso.
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