As questões laborais, de habitação e o caminho rumo à sustentabilidade ambiental são temas que os 40 jovens universitários que participam no Summer CEmp 22 querem ver endereçados por Ursula von der Leyen no discurso durante o Estado da União, a 14 de setembro. Elias Kuhn Von Burgsdorf, um dos redatores das declarações escritas da presidente da Comissão Europeia (CE), participou esta tarde num debate moderado pelo Expresso sobre o que fariam as novas gerações se fossem líderes do projeto europeu e prometeu levar algumas das sugestões para Bruxelas. A crise energética será, porém, um tema garantido. “Muitas pessoas estão a sofrer com a crise energética, não sabem se vão conseguir pagar as suas contas ou manter as suas casas”, lembrou. Mas garante que “vamos ficar bem durante este inverno”.
Apesar de considerar a dependência energética da Europa face à Rússia “uma situação séria”, acredita que “não há razão para entrar em pânico” e que a União Europeia saberá responder com eficácia. Embora Burgsdorf não antecipe o que irá dizer a presidente Ursula von der Leyen no próximo Estado da União, ficou claro que a guerra na Ucrânia, a aposta nas energias renováveis e as questões sociais, nomeadamente no que respeita à coesão e à inclusão, são temas que irão marcar o mais importante discurso do ano da presidente da CE.
Elias Kuhn Von Burgsdorf participou num debate aberto com os jovens participantes da iniciativa Summer CEmp 22, com moderação do jornalista da SIC Rodrigo Pratas, pouco antes de se despedirem de quatro dias focados nos temas europeus.
Conheça outras das conclusões do último dia do Summer CEmp 22:
Fundos comunitários são “dinheiro de todos nós”
- Garantir a coesão territorial em toda a UE é um dos pilares que está na origem da criação do projeto europeu, hoje assegurado pela política regional. Esta é “a única política da UE que tem ângulo local e regional”, esclarece Sofia Colares Alves, responsável pela gestão e implementação de apoios locais através da DG REGIO.
- Para assegurar a eficiência destes fundos e o real impacto nas comunidades, em particular nas ultraperiféricas como Açores ou Madeira, Sofia Colares Alves defende maior articulação entre a CE e os poderes nacionais, regionais e locais, mas, acima de tudo, maior participação dos cidadãos. “Isto é dinheiro de todos nós, é muito importante que as pessoas acompanhem [como está a ser gasto]”, afirma.
- A participação, sublinha, deve ser feita por todos, em especial os mais jovens, pressionando os seus decisores mais próximos através de perguntas, mas também do voto.
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