EDP Open Innovation

Dias de Energia: "Bom dia, good morning" ou o processo de escolha (internacional) do Open

Os responsáveis pela organização do Open Innovation numa das entrevistas de escolha das equipas
Os responsáveis pela organização do Open Innovation numa das entrevistas de escolha das equipas
Tiago Miranda

210 candidaturas, muita escolha para fazer e dois dias para entrevistas. Assim se conta o processo de seleção das dez equipas finalistas do EDP Open Innovation que pode conhecer a partir de quinta-feira

"Estava a ir para São Paulo e contou-nos [o candidato] que tinha que parar o carro para fazer a entrevista", conta, entre risos, Carla Pimenta. A gestora da EDP Starter foi uma das pessoas que conduziu o processo de entrevistas que definiu os dez finalistas do EDP Open Innovation e que obrigou a dois dias intensos de conversas por vídeo e muito debate de ideias.

O lote (que pode conhecer na quinta-feira) de projetos inovadores que compõem a sétima edição do programa de empreendedorismo do Expresso e da EDP - que resulta da união entre o Energia de Portugal e o Prémio EDP - vem de todo o mundo e estará sobretudo concentrado em ideias ligadas a energia limpa e à inovação digital.

"A maturidade dos projetos surpreendeu-me e tornou mais complicada a escolha final", atira o gestor de projeto da Beta-I (que está a organizar este ano o programa), Gonçalo Negrão. Se a análise das candidaturas mais promissoras já deixava antecipar o cenário, as conversas ainda deram mais certezas do nível.

O processo é simples: três minutos para apresentação dos projetos e cinco minutos para perguntas. Numa sala, os responsáveis pelo Open e noutras, espalhadas por todo o mundo (literalmente), os concorrentes que iam aparecendo num ecrã grande que transformava um escritório em Lisboa num acontecimento global. Com a ressalva que à fase de entrevistas só chegaram as empresas que tiveram pelo menos 2,7 em 5 numa série de parâmetros previamente definidos. Conversas sempre realizadas em inglês com direito a "bom dia, good morning."

Carla Pimenta acredita que a escolha tem sido "muito mais exigente", o que se tem refletido na qualidade das equipas que vão a jogo. Além da possibilidade que as ferramentas digitais oferecem de alargar o âmbito internacional do programa e atrair mais pessoas. "O trabalhar já não é para onde vais, é onde fazes", diz. E Lisboa, hoje em dia é um sítio muito apetecível.

Sem esquecer o nome do programa, garante Gonçalo, que chamou a atenção de projetos com muito potencial para atingirem o sucesso no mercado. Agora é preciso dar o próximo passo para chegar aos €50 mil para a melhor equipa e um de três lugares na Web Summit deste ano. "Estamos aqui para ajudá-los. Que comece o trabalho a sério."

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